quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Encontro das águas com 8 mãos

 Pororoca


Por Ria dourada e Mar agitado


Eu, rio, tu, mar,

encontro impossível

mas Deus fez chegar

entre vai e vem do mar

o rio está a te esperar,

na calmaria do tempo

na hora de te encontrar,

vem mar, 

nesse encontro capaz de nos misturar,

transformar sal em doce,

para o eterno rio(a)mar.

Recebe as águas onde desagua rios de mar amar,

vem com força e encontra a resistência leve das águas de rio,

o mar salgado, 

o rio doce, 

água agridoce,

o mar impetuoso morrendo nos doces lábios de rio

se confundindo, 

virando um só,

eu, agora também rio, 

rio por não saber mais quem sou,

choro, 

não é tristeza, 

é alegria por se perder em tuas águas,

e já que lágrimas são salgadas

ao chorar não sabe se ainda é,

pois então seremos eternamente uma só água de um rio(a)amar . 


O Medo

Khalil Gibran  

 

Diz-se que antes de entrar no mar

um rio treme de medo.

Ele olha para o caminho que percorreu,

dos picos das montanhas,

A estrada longa e sinuosa que atravessa florestas e aldeias.

E na frente dele,

ele vê um oceano tão vasto

que entrar só pode significar

desaparecer para sempre.

Mas não há outro caminho.

O rio não pode retornar.

Ninguém pode voltar.

Voltar é impossível na existência.

O rio precisa correr o risco

indo para o oceano

porque só então o medo desaparecerá,

porque é aí que o rio vai saber

que não se trata de desaparecer no oceano,

mas para se tornar o oceano.


Com Khalil Gibran, Ria Dourada, Mar agitado,  sem esquecer de Guimarães Rosa

Flávio Lazzarin


Em vez de se deixar levar pelo rio

obrigados a perder o medo 

de se tornar oceano

Em vez de esperar 

pela piedosa pororoca

que nos salgue bem adentro

nos conhecidos mapas do nosso eu

antes da implacável correnteza nos levar à foz

buscamos a terceira margem

a que contesta o fluxo

que enfrenta o rio

o tempo 

o destino

o fim 

e as suas metáforas

a margem que extrapola

a margem dos poetas, dos rebeldes, dos inconformados.


Agosto 2023

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

POROROCA

Por Ria dourada e Mar agitado


Eu, rio, tu, mar,

encontro impossível

mas Deus fez chegar

entre vai e vem do mar

o rio está a te esperar,

na calmaria do tempo

na hora de te encontrar,

vem mar, 

nesse encontro capaz de nos misturar,

transformar sal em doce,

para o eterno rio(a)mar 

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Recebe as águas onde desagua rios de mar amar,

vem com força e encontra a resistência leve das águas de rio,

o mar salgado, 

o rio doce, 

água agridoce,

o mar impetuoso morrendo nos doces lábios de rio

se confundindo, 

virando um só,

eu, agora também rio, 

rio por não saber mais quem sou,

choro, 

não é tristeza, 

é alegria por se perder em tuas águas,

e já que lágrimas são salgadas

ao chorar não sabe se ainda é,

pois então seremos eternamente uma só água de um rio(a)amar . 

Entrevista com Arton, de Sirius. Parte II

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