MAGnífica
Há um pote com amontoados de letras
que com o toque das mãos retraídas revolvem palavras inteligíveis.
Quanto mais se misturam, mais palavras inaudíveis.
As mãos não formam palavras concatenadas,
porque a mão que toca,
ainda que seja a que escreve,
sempre obedece a um outro que tece.
As combinações de palavras são infinitas,
como infindo é o desejo de vê-las rodopiando.
O pote sempre estará ali à espera não apenas de mãos intencionadas,
mas da tessitura de letras à procura de novas palavras.
Palavras são desejos encarnados em grafias de sons, de símbolos, de outros desejos.
O pote ali, sempre ali, ecoa novas palavras.
Outrora retraída,
agora a mão revolve incessantemente à procura das que nunca foram ditas.
MAGnífica,
enfim encontrada,
forma agora sons audíveis.
É a matriz da qual se formam poemas.
Se o poema é o desenho da poesia,
MAGnífica é a encarnação da melhor palavra. .
Há um pote com amontoados de letras
que com o toque das mãos retraídas revolvem palavras inteligíveis.
Quanto mais se misturam, mais palavras inaudíveis.
As mãos não formam palavras concatenadas,
porque a mão que toca,
ainda que seja a que escreve,
sempre obedece a um outro que tece.
As combinações de palavras são infinitas,
como infindo é o desejo de vê-las rodopiando.
O pote sempre estará ali à espera não apenas de mãos intencionadas,
mas da tessitura de letras à procura de novas palavras.
Palavras são desejos encarnados em grafias de sons, de símbolos, de outros desejos.
O pote ali, sempre ali, ecoa novas palavras.
Outrora retraída,
agora a mão revolve incessantemente à procura das que nunca foram ditas.
MAGnífica,
enfim encontrada,
forma agora sons audíveis.
É a matriz da qual se formam poemas.
Se o poema é o desenho da poesia,
MAGnífica é a encarnação da melhor palavra. .