terça-feira, 15 de outubro de 2024

A DUPLA FENDA: a mente inferior e a mente superior

 


No último sábado, dia 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, enquanto aplicava reiki nos moradores do bairro do Sá Viana, São Luís, na ação extramuros do grupo Transição Planetária, entrei em processo meditativo e tive uma bi-locação mental acerca do que vem a ser a mente, ou, como a informação se apresentou a mim.

Nitidamente, tive a visão da composição energética da alma e porque ela precisa encarnar em um corpo. Necessita vivenciar uma experiência física, matéria e energia são simbioses, a primeira foi criada a partir da segunda. É da alma que fruem os pensamentos, que não são obviamente o cérebro, sendo este somente a parte mecânica para o desenvolvimento da linguagem, das cognições mentais. Percebi também a diferença entre a mente superior e a mente inferior, também conhecida como ego. O ego é a mente que, a partir de um corpo encarnado, da realidade, no nosso caso tridimensional, assume aspectos desta dimensão em que estamos vivendo. Como a princípio está eivada de limitações, se identifica com tudo o que tal percepção enxerga.

Como no corpo encarnado as sensações são mediadas pelos 5 sentidos (olfato, audição, paladar, tato e visão), tudo o que o ego, mente inferior, percebe e concebe, está obstaculizado por esses sentidos. O ego, no entanto, intui que existe algo para além dele, a alma, mas, por falta de conexão, se correlaciona com as faltas, ou seja, com todas as limitações impostas pela vida.

À medida que o ego assume cada vez mais a persona, controla as sensações, o desenvolvimento mecânico do cérebro, dos pensamentos, cria uma realidade. Tal realidade passa a ser vista como única e verdadeira.

Passei a ter a compreensão do que a Física Quântica brada ao dizer: “tudo o que sua atenção se volta, molda a sua realidade, passando a existir”. Definitivamente, a mente inferior, ao se fixar em um determinado ponto, aciona os átomos que se transformam em partículas, que se condensam, criando uma imagem, que por sua vez se densifica até se transformar em uma situação. A co-criação passa a fazer sentido. Tudo é energia, logo, à medida que nos fixamos sobre um aspecto, movimentamos as partículas para que elas se condensem energeticamente e o cérebro a interpreta enquanto realidade.

Primeiro ocorrem as pulsões elétricas, depois as sinapses, por fim, os conectores e receptores através dos peptídeos, que por suas vez se ligam as células. As ligações neurais através dos peptídeos formam uma densa rede conectiva. Tal rede se densifica e molda nossa visão de mundo. Tudo o que está fora desse emaranhado de teias de circunstâncias é encarado pela mente inferior como irreal. 

A mente inferior considera a existência da mente superior enquanto ameaça, pois extrapola as dimensões da fisicalidade, da cognominada realidade, fora do seu alcance. Foi então que percebi como a mente superior pode criar mundos paralelos, ainda que não existam fisicamente. Ela faz uma projeção, para além de algo fixo, estabelecendo várias imagens, o que a teoria literária denominou de “imaginação-ficção”. Os poetas estavam corretos: a imaginação é real, pois ela cria o que é imaginado no mundo quântico. Tudo o que é imaginado passa a existir observando a percepção da realidade, da fisicalidade e da forma como a mente inferior compreende o mundo. Vários "eus" existem e essas simultaneidades afrontam o ego, pois todos os dramas criados pelo ego são alimentados por uma percepção, que se dissolve quando observados sobre outros ângulos.

A mente superior tem a nítida clareza de que ela é um fractal, um desdobramento do espírito, que por sua vez se liga a outras dimensões, inclusive com a fonte criadora de tudo, também interpretado enquanto Deus Pai-Mãe. Todo o aspecto vitimizador do ego é, em última estância, uma saudade, uma vontade, um desejo, uma potência de se reconectar com algo que, por desconhecer, mas intuir, desconfia da existência, reclama atenção para a falta, para a ausência, notadamente na infância. Todos os aspectos das faltas na infância se cristalizam a partir do medo. O medo é, em certa medida, o apego à matéria, uma sensação de insegurança, de incerteza.

Pude perceber como esse apego à matéria prejudica os chacras. Eles são vórtices de energia e são afetados pela mente inferior. Tudo o que a mente inferior acredita ser real interfere no desenvolvimento dos chacras. Como são eles que nutrem energeticamente o corpo, à medida que uma identificação do pensamento densifica-se, certos aspectos são tangenciados, criando as crenças, obsessões, pulsões, compulsões, neuroses, doenças, ansiedades, pânicos, distúrbios, dentre outras coisas, limitações de toda ordem, incluindo as questões financeiras. As doenças são alimentadas constantemente, ainda que inconscientemente, pelas percepções e sensações emanadas do pensamento. Sob esse aspecto, qualquer doença é autocurável, a limitação está exatamente na crença de sua fixidez, de sua impossibilidade de mutação, alteração.

Isso também serve para os sentimentos. Os pensamentos criam os sentimentos, os sentimentos por sua vez criam as sensações, as sensações criam as ações e as ações as atitudes comportamentais. Tudo o que acreditamos ser real passa de fato a existir em termos de crenças e sensações. Nisso se baseia qualquer princípio terapêutico de cura. A cura ocorre quando a pessoa identifica a matriz da dor, do problema, entendendo suas variações, seus desdobramentos. Quando ocorre a compreensão do que ocasionou e como superá-lo, há um desenlace, uma desidentificação com os sintomas fazendo desaparecer paulatinamente, em alguns casos, o trauma. Ou seja, toda cura ocorre quando há uma despotencialização do problema, quando deixa de ser alimentado, desaparecendo sua importância.

Nossos sistemas político, social, familiar, religioso, educacional, compõe em grande medida nossos modelos de crenças, mesmo porque foram criados culturalmente, ou seja, são frutos das projeções societais. São circunstâncias fenomenológicas criadas pelas sociedades, alicerçando nossas visões de mundo num processo simbiótico auto-retroalimentado, dialético. Culturalmente criamos os sistemas, os alimentamos e, uma vez criados, interferem em nossas concepções existenciais. Tais sistemas foram alicerçados nos egos. São, em última estância, projeções.

E, nesse momento em que vivemos uma Transição Planetária em que tudo está sendo colocado de cabeça para baixo, quando a Terra muda de frequência energética, o antigo modelo de sociedade entra em colapso, novos paradigmas surgem, novas vibrações, há algo de grande surgindo e a alma sabe, mas o ego teme, pois se trata de algo absolutamente novo. Tudo o que o ego não controla se constitui uma ameaça.

É momento de abrir espaço para o novo, deixar o velho ir embora, deixar a antiga sociedade com seus mecanismos de controle colapsar e dar espaço para a intuição, para aquilo que tangencia o coração, para o silêncio, para as incertezas. A alma inicia sua trajetória de retorno à fonte criadora, a bem da verdade, nunca se separou dela, apenas foi essa a percepção do ego. 

O que está surgindo é muito além do que o ego possa imaginar.

             

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

O PORTAL DO GRANDE PORTAL


As íris são espelhos do portal do grande portal captando os brilhos de seus raios dourados, refletidos nos olhos d'água, passando pelas pupilas negras, clareando a alma.

Até Plutão em sua distância-vastidão não resiste à transluminecência, outrora escuridão.

Todos os dias ele está lá, por vezes coberto pela noite, por vezes toldado em nuvens plúmbeas, mas basta uma fresta e nada resiste à sua luz.

Os olhos são como gelosias, basta uma simples contemplação e as sombras se transformam em iluminação.

domingo, 6 de outubro de 2024

Adeus, Sebastião!

A visão do telhado não procura mais, ainda é encantador, agora encantado está.

Não são perguntas sem respostas, não estão fora, sempre estiveram na imersão do seu próprio universo.

 E o peso do corpo o telhado não comporta mais, uma vida inteira olhando para fora, girando em  círculos, ciclos circunspectos, numa trajetória nada retilínea, negando a história com sua cronologia.

Chronos está morto. 

Num jogo de espelhos são vários Sebastiões; hora é João, Maria, Antonia, Condorcet,  Margoris, se entreolhando em novas versões. 

Em cada versão o peso do corpo, e o peso do antigo já não mais há, somente do novo que o telhado não comporta.

Sebastião desce do telhado! Caminha. A visão como uma lente abriu um portal dentro de si: luas cheias, cometas, sóis, nuvens, o seu corpo pesado feito de poeiras das estrelas como uma brisa leve soprando por vezes redemoinhos, furações, tufões, às vezes larvas, vulcões, fogo, mar, ventania, coloração ventia.   

Buscou palavras, encontrou glossolalia, rebuscou textos, encontrou palimpsetos. Correu mundo, encontrou buraco sem fundo. 

Feriu, feriram-no. Sorriu, choraram-no. Mentiu, calaram-no. Esculpiu, desnudaram-no. Amou, traíram-no. Traiu, amaram-no. 

Viveu, mataram-no. Matou, ressuscitaram-no. 

De todas as vertentes, de tudo um pouco viveu: sorveu o fel, o mel, foi réu, juiz, amante,  andante, errante, semblante de dor, dúvida, ódio, ira, vertigem. 

Lutou, cansou, guerreou, bradou, ousou,  criou, jurou, orou, esbravejou, fechou os olhos e partiu. 

Se encontra no mesmo lugar onde tudo começou, debaixo do telhado iniciando uma nova jornada. Não  olha mais para o passado, agradece a antiga versão, se despede com gratidão.

Retira a flecha da barriga, espera a cura e a cicatrização. A flecha agora aponta para o alto, olhando para o céu, com os seus pés no chão. 

Já não se olha mais Sebastião, Sebastião não há, até a metáfora perdeu o anti-silogismo, a rima acabou, a palavra murchou, só o encanto não acabou como as ondas do mar.
















  

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Zahy teha tenehem pitàg

 

PARA O POVO GUAJAJARA

No dia 22 de janeiro deste ano, recebi por e-mail um convite que muito me alegrou e honrou: ministrar uma disciplina de literatura brasileira pelo Programa PROETNOS (Licenciatura para indígenas e quilombolas) da minha Universidade (UEMA), no curso de Ciências da Linguagem, para os Guajajara. Uma experiência nova e inusitada, já que trabalho há muitos anos com a perspectiva da literatura decolonial, a partir da literatura africana de língua portuguesa oficial, mas não com a literatura indígena.

 Ao reler o e-mail, e o faria várias vezes, tive o cuidado de checar as datas por conta dos meus imensos afazeres. Por isso, fixei um cartaz no quarto com as datas e comecei a preparar a disciplina, que só seria ministrada no final de maio. Como disse, essa não seria a primeira e nem última vez que leria o e-mail, afinal, o programa exige com antecedência a entrega do plano de curso da disciplina. Voltaria a olhar o e-mail para pedir o contato do secretário do curso, Lameck, e pediria a ele o contato da secretária do curso local, Fabrícia.

 Feito. Fabrícia não apenas me colocou no grupo de WhatsApp dos alunos, meio pelo qual enviei os textos digitalizados, bem como me indicou o hotel mais próximo do Campus da UEMA. Tudo pronto. As sincronicidades dos episódios começaram uma semana antes da viagem. Ministro aulas às segundas e terças pela manhã, e às quintas-feiras à noite no Centro histórico de São Luís, em um belo casarão do século XVIII, reformado e adaptado para abrigar o prédio do curso de História.

 Na semana que antecedeu a viagem, minha amiga e colega de Departamento Ana Lívia, pediu, caso fosse possível, para eu trocar o dia com ela por conta do aniversário de um dos seus filhos, de quinta-feira para terça, o dia em que ela ministra. Perfeito. Eu já havia comprado a passagem para às 22:30h, uma hora depois da minha aula, ainda assim, me sobraria tempo para levar minha filha Milene à terapia, e deixar meu carro no mecânico para trocar de óleo, ao lado da rodoviária.

 Tudo saiu como planejado. Ao deixar o carro no meu mecânico Marcos, que ao saber que eu ficaria quatro horas esperando na rodoviária, se ofereceu para deixar o carro em um shopping da cidade, e depois eu tomaria um uber, sugeriu ele. Resolvi ainda assim seguir para a rodoviária. Num rompante, tive a súbita ideia de tentar antecipar a minha ida. Consegui.

Mas as coisas não andaram como eu previ. Ao comprar uma passagem de ônibus com cama, a intenção era dormir, já que ministraria aula em pé, das 07:30h às 18h, só com intervalo de 10 minutos pela manhã para o lanche, e à tarde, é claro, para o almoço, e durante a sexta-feira e o sábado as aulas iriam até o meio-dia. Mas, em decorrência da péssima estrada, o sono intranquilo impediu-me de descansar. O funcionário do hotel São Marcos, o Hernandes, se disponibilizou em me buscar na rodoviária, independentemente do horário. Assim aconteceu. Liguei para ele e me assegurou que não tardaria a chegar. Não chegou. Ao retomar a ligação me disse:

-           Professor, estou na rodoviária e não estou lhe vendo.

Ao desligar, perguntei ao taxista João Paulo onde ficava o hotel São Marcos, ao que me respondeu:

-          Não fica nessa cidade.

Retomei a ligação e disse a Hernandes:

-          Como aceitaste o meu pix se eu te confirmei a cidade?

Petardou: - O Sr. se equivocou.

Perguntei ao João Paulo o hotel mais próximo. Antes, porém, encontrei outro professor, Bráulio, do Curso de Ciências Sociais, que também ministraria aula para o PROETNOS, e afirmara que iria para o mesmo curso que eu. Comecei a desconfiar de que algo estaria errado.  Perguntei então o hotel mais próximo para João Paulo:

-          Dobrando a esquina à esquerda.

Cansado, com mala e mochila de notebook, segui. Ao chegar na recepção, não havia mais vaga porque todos os quartos já estavam reservados para os professores da UEMA, menos eu. Desabei. Já eram 3h da manhã e às 07: 30h estaria em sala de aula. Perguntei se ao menos havia um sofá para eu descansar o corpo.

-           Não.

Foi então que, esbravejando de raiva exclamei:

-          Como é possível a eficiente e competente secretária Fabrícia ter se equivocado!?

Ao abrir o e-mail, com apenas 2% da bateria do celular, dei-me conta que a cidade correta seria Grajaú, eu estava em Barra do Corda, 450 km de São Luís e a 100 km de Grajaú. Voltei à rodoviária onde o intrépido João Paulo se encontrava. Perguntei se naquele horário aceitaria levar-me até Grajaú, aceitou prontamente. O preço seria um pouco amargo: rodar 200 km em plena madrugada pelas estradas do Maranhão não é para qualquer um.

A viagem se iniciou e tudo começou a fazer sentido. João Paulo disse-me que o valor daquela corrida sanaria um importante débito vencido naquele mês, estava desesperado com essa conta a pagar e não possuía tal valor. Toda a minha chateação imediatamente foi embora, senti um profundo alívio, começamos a falar sobre a vida, lutas, dissabores, conquistas e derrotas. Foi então que o sentido da viagem brindou meus olhos: uma imensa Lua cheia o dia 23 de maio apareceu no meio da estrada, perfilando a linha divisória da pista nos acompanhando. Comecei a sorrir de felicidade. Era uma lua de pedido, cheia de significados, emblemas, majestosa, silenciosa e tudo ficou tão claro naquele instante, por uns segundos fechei os olhos. Nada mais importava, nem cansaço, nem sono, nem buracos na estrada, nada, apenas a lua cheia e somente ela.

Andamos 40 km e paramos numa barraquinha para tomar café, e aproveitei para dar uma carga no celular, sai do carro e andei alguns metros olhando para ela: grande, altaneira, numa madrugada em que ela e somente ela reinava diante de tal escuridão mesmo distante de mim. Linda, indescritível, imponente. Sem ter troco o dono da barraquinha num ato de despojamento deixou-nos ali e fora até sua casa em busca de dinheiro, poderíamos ter saído surrupiando como larápios rastaqueras toda a sorte de bolos, salgados, comida em geral e as garrafas de café, mas não, voltou tranquilo na certeza de que nada havia sido subtraído. Cada vez mais toda a sorte de eventos começara a fazer sentido.

Mesmo com os primeiros raios de Sol, a Lua cheia reinava soberana. Não era uma disputa com o astro rei, e sim, a certeza do seu lugar, de seu brilho e de tanta fascinação despejando sobre todos, sobretudo, sobre mim.

Chegamos às 06:30h da manhã no hotel São Marcos, lá estava o sorridente Hernandes, mesmo diante de tamanha impaciência minha. Tive vergonha e me desculpei. Levou-me de moto até o polo da UEMA. Quando os alunos indígenas chegaram, contei a eles o significado daquela lua cheia e porque ela é tão rara, tão especial, tão misteriosa para mim, do seu magnetismo, do que estava me fazendo sentir e porque aquele encontro estava escrito nas estrelas, teria que acontecer. Pedi a eles que traduzissem para o tupi. Eles me disseram: Zahy teha tenehem pitàg (A grande lua cheia).


          

 

quinta-feira, 6 de junho de 2024

O Canto do Alto Alegre


Estou ministrando a disciplina a Literatura brasileira, para os indígenas Guajajara, da região de Grajaú, Maranhão. Pedi a eles que reescrevessem a história do "massacre" de Alto Alegre, de 1901, ocorrido na região, que os estigmatiza até os dias de hoje. A indígena Betina Bento fez esse belo poema  


Por Betina Bento.

(indígena Guajajara, da Terra Indígena Morro Branco, Grajaú - Maranhão)  


O CANTO DO ALTO ALEGRE


(Re) Floresce o Alto Alegre, terra de Sol e de sangue,

onde a História se desenrola em tintas vermelhas e negras.

No Cerne da mata cerrada, onde o canto do pássaro encontra o eco do aço, despertou um conflito,

um lamento na brisa da manhã.

Era a terra de riqueza e luta, de esperança, ambição onde mãos calejadas e sonhos se encontravam em oposição.

Guerreiros de rostos marcados com ânimos e ferro armados ergueram-se em prol da terra, onde raízes contra a tirania de um povo se enlaçaram.

A selva, cúmplice e testemunha, deu abrigo e ressoou os clamores de liberdade dos gritos de um povo sofrido.

O massacre, um eco sombrio, nas folhas um sussurro funesto, onde o chão se abriu em pranto e o sangue verteu-se em solo sedente.

Mas do luto nasce a luta, das cinzas, a fênix ergue e o Alto Alegre, tão ferido, reencontra sua vez e coragem.

Em cada gota de orvalho, em cada flor que se abre, vive a memória daqueles que, mesmo em silente desterro, clamaram por justiça e paz.

Pois, na terra do Alto Alegre, o sol sempre há de brilhar, e os que tombaram por ela em seus ventos vão cantar.      

sábado, 16 de março de 2024

Entrevista com Arton, de Sirius. Parte II

 

Entrevista realizada no dia 14 de fevereiro de 2024, às 20:00, com duração de 1': 32'', gravada em um aparelho Motorola one zoom por Patrícia Buarque de Holanda. Entrevista revisada por Davi Toledo. Gratidão à Aline  Pinheiro pela revisão gramatical e ortográfica.


TEMAS ABORDADOS

A) SOBRE OS RESULTADOS DA PRIMEIRA ENTREVISTA;

B) SOBRE OS EXILADOS DE CAPELA;

C) BLOQUEIO DOS CHAKRAS;

D) ALIMENTAÇÃO E O DESPERTAR ESPIRITUAL;

E) O SIGNIFICADO DO AUMENTO DAS EXPLOSÕES SOLARES;

F) SOBRE OS "3 DIAS DE ESCURIDÃO";

G) QUEM É O QUE É O ANTICRISTO?

H) SOBRE A GRANDE TRIBULAÇÃO

Entrevista nº 2

Início com uma oração do Pai Nosso, seguida de uma Ave Maria....

Com a graça de Deus e de Nossa Senhora, livra-nos de todos os males, neste vasto e belo mundo de provas e expiações. E hoje, nessa pequenina cúpula do Cristo, livrando-nos dos perigos, para o cumprimento da ordem, da lei e do amor do Criador. Pois, nessa construção vamos nos reconhecendo, tentando compreender esse estado escalonar, que nos impulsiona através do amor, graças a Deus.

Maior do que Deus, ninguém! Lá em cima quem manda é Deus, aqui embaixo quem reza sou eu. Em Cristo, tudo eu posso, tudo espero. Maria, Maria, Maria, iluminai a todos nós. Estrela guia iluminai a todos os enfermos e necessitados. Porque somos a ordem, a lei e o amor, porque somos Deus manifestado em todos nós, por isso somos o que somos, hoje e eternamente, graças a Deus.

(00:00:16) O “fio” está de volta, para ouvir as conversas deste pobre véio (risos).

_ “Voltei para ouvi-lo, novamente” ... Assim se dá o processo de aprendizagem, uns aprendendo com os outros, assim é a vida, se construindo e se reconstruindo constantemente. Se assim não fosse, qual seria o sentido da vida?  Erguer os olhos aos céus com saudade dos tempos idos, se lembrando dos tempos vividos, buscando renovar-se e se esforçando a recuperar aquilo que lhes foi tirado em um tempo, mas qual é a esperança? Ao de reencontrar o Criador, nesse pequeno multiverso.

O universo é por si só simbólico, portanto, não existe o acaso. Todo regresso é consequência de um aprendizado que permitem aos filhos a busca incessante ao Pai.

(00:09:36) A primeira pergunta é: O Senhor gostou do resultado da primeira entrevista?

Todo conhecimento quando é levado as massas tem diversos fatores: contrários, positivos e neutros. Às vezes faz sentido para uns e pode ser muito desafiador para outros. Mas, o importante compreender não é o resultado, porque o resultado ainda não veio, mas ainda chegará. Toda expectativa precisa ser silenciada, porque a mensagem ainda estar a caminhar, e não a passos largos, mas em passos firmes, todos são incitados a buscar respostas. Não se pode pensar no agora, mas nos segundos que antecedem as vossas existências futuras. Cada um tem suas sombras, seus desafios internos, suas potencialidades. Se disser que o futuro está a um segundo de vossa existência, talvez isso se torne mais complexo para a vossa consciência, mas, para aqueles que já estão despertos, isso é mais compreensível. Então, não crie expectativa de tudo o que está sendo verbalizado e manifestado. O importante é a busca do semear, porque as consequências virão, baterão as vossas portas, o semear não se faz somente no agora. Porque várias vezes se pensa muito no futuro, e o futuro não nos pertence, e sim, a ordem do universo, ao Criador. É pensar como os passos da formiguinha, um dia após o outro, no amanhecer, no entardecer e no anoitecer. Porque uns estão imersos somente nas questões espirituais, outros, voltados unicamente as questões mundanas, e ainda há aqueles que querem rasgar suas vestes carnais, mas não é isso que os torna mais espiritualizados. Quando quero eliminar uma sombra sem compreender, eu anulo aquilo que eu me propus a superar. É preciso trabalhar aquilo que somos. Quando se realiza um embate consciente, não colocando os instintos acima de tudo e de todos, mas compreendendo o nosso caminhar e aos poucos se iluminando. Isso sinaliza aquilo que eu sou existencialmente.

(00:00:15) Quem são os exilados de Capela?

Interessante, porque muitos irmãos que vieram não são oriundos de Capela, e sim, perpassaram por Capela. Ter perpassado em Capela não determina ser um exilado. Exilado é aquele que é direcionado de uma forma imposta. Muitos dos que perpassaram por Capela foram convidados à Terra. Vieram compartilhar muitos dos seus conhecimentos, estão aprendendo nessa passagem pela Terra, que por estarem presos aos seus passados, tentam descobrir suas origens e isso pouco importa. A vida se faz aqui e agora, só existe o presente. É preciso se desvencilhar das amarras do passado, não com a inteligência, mas se desvencilhar delas com os sentimentos sublimes. É preciso ter equilíbrio, não basta apenas ter intelecto. Sempre digo que existem dois tipos de intelectos: o que constrói e o que desconstrói. Qual é o que descontrói? Aquele que acredita ser supostamente o detentor de toda a verdade. E o que constrói? Aquele que serve de combustível para seguirmos viagem e nos desprendendo dos apegos. Para ascender é necessário se desvencilhar das amarras da vida, dos fardos e daquilo que supostamente se acha detentor. É preciso se reencontrar consigo mesmo, não daquilo que foi perdido, mas vivendo no presente aquilo que ressoa ao coração. O viver é agora. É preciso entender que vocês não são anjos e nem se tornarão. Anjos pertencem a uma outra hierarquia de seres evolutivos.

Exilado é um termo degradante de uma experiência. Ninguém está aqui como presidiário, num planeta prisão. Todos vivem suas experiências em busca de suas transformações e não encarcerado pela própria vida. Se olharmos em outra perspectiva, veremos que tudo faz sentido, compreenderemos de uma outra forma. Deus está em todos os lugares, dentro de nós, portanto, ninguém está aqui preso, estão se transformando, pelo menos deveria aproveitar cada instante, ser grato, amar, não persistir no erro. Mas, de fato, nessa existência existem limitações, por isso, não é possível o alcance a todas as respostas. Limitações são uma coisa, prisão, outra. Devemos compreender a magnanimidade do Criador espalhado por todo o universo e expandir a consciência. Quem está desperto não se sente encarcerado, preso à essa realidade. Quem está desperto encontra sentido em tudo o que vive, encontra respostas, mas não em sua totalidade. Aprisionamento é o sentir sabedor de tudo, conhecedor de tudo, isso sim é estar preso em um sepulcro caiado. A verdadeira beleza está nos valores que se adquire na própria experiência refletindo na verdadeira inteligência que é divina. Conhecimento sem ação é o verdadeiro aprisionamento limitante da alma. É preciso estender as mãos e dar aos irmãos o alimento do corpo, da alma, é preciso acolher. Estamos no mesmo rio da vida. Façamos disso a busca constante pelo supremo Pai Criador de todos nós.        

(00:30:00) Abertura do 3º olho   

Para muitas pessoas existe uma abertura do 3º olho, mas há uma desconexão entre o inconsciente e o consciente. Isso se dá porque esse processo de abertura acontece de forma lenta e gradativa. Além do mais, em muitos casos o aprisionamento ao passado é um impeditivo, porque nem todos estão preparados para acessar certas informações. E quando isso acontece, ao invés de se avançar, fica-se impossibilitado de seguir viagem. Quem tem o 3º olho aberto desenvolve muitas habilidades, estão imersos em processos profundos do seu eu, que muitas vezes pode gerar dois fatores: um danoso e outro benéfico. O danoso é um desequilibro da psique, gerando fragmentações do eu podendo gerar delírios insustentáveis ou, se conseguir estabelecer um certo equilibro se torna um canal da vida. Qual é a funcionalidade espiritual da abertura do 3º olho? Clarividência? E o que acontece quando se abre o 3º olho? Será que vocês estão preparados de fato para ver o que os arrodeiam? O que de fato acontece no mundo espiritual? Saberão discernir as informações? De onde estão vindo e com que intenções? Se não conseguem responder essas perguntas, então, não há ainda a necessidade de abertura. É preciso ter muito cuidado, porque em muitos casos a tentativa de abertura do 3º olho é provocado por entidades de baixa vibração, enganosas, danosas, com intenções escusas para confundi-los. É extremamente excitante, porém, perigoso, alguém se colocar no lugar de ser portador da verdade, de ter conexões com outras realidades, de “saber de tudo”, de se mostrar muito “espiritualizado”, alimentando o ego espiritual vaidoso. Existe sim uma forma fidedigna, racional e até emocional de promover o despertar. Mas, infelizmente, nem todos estão preparados - ‘muitos são chamados, mas poucos são escolhidos’. Por isso, digo: não queiram ver o mundo espiritual se não estiverem minimamente preparados para isso. Tomem cuidado com aquilo que desejam e cuidem daquilo que possuem e podem. Isso não quer dizer que não possam buscar, só estou alertando para os perigos. Porque vocês verão coisas perigosas, situações conflitantes ao vosso ego e ao vosso orgulho. Enxergar realidades contundentes pode trazer dor e sofrimento. É preciso crescer e se conectar com responsabilidade, equilíbrio e consciência. Qual seria então a forma fidedigna? A palavra-chave seria supraconsciência, porque ela dá sustentação e alicerce. E digo mais, o andar de cima (meramente simbólica, já que a questão não é espacial e sim dimensional) se chama uno-consciência com o criador, um aspecto de difícil compreensão a partir da lógica tridimensional. Isso exige um caráter de construção e desconstrução dos conteúdos absorvidos diariamente nos corpos espirituais refletidos no todo. Entender o agora depende muito do grau em que a pessoa se encontra: nível primário, secundário ou terciário da consciência.

Não queiram somente através das práticas meditativas atingir o conhecimento, sem o esforço devido, no sentido real da aprendizagem, porque não é; mas, esse esforço precisa estar alicerçado no conhecimento experiencial de troca. É preciso esforço, não apenas vontade para um amadurecimento consciencial, ancoramento. Não pensem vocês que estão fazendo muito ou pouco em relação ao que se comprometeram antes do encarnar. Lembrem-se, esse momento é crucial e determinante na humanidade e há muito o que fazer. Não estou dizendo que o conhecimento não é necessário, muito pelo contrário, mas, quantas civilizações se perderam, se consumiram porque se afastaram de suas essências e de sua espiritualidade por conta do conhecimento?  Eu pergunto: o conhecimento é tão glorioso assim? Ele é tão importante nesse sentido? Talvez para uns, mas para a grande maioria, não. Talvez não seja nem o conhecimento a questão na origem do erro, mas a ineficiência da compreensão. O mundo tridimensional, o mundo astralino, é apenas um amontoado de múltiplas realidades que os cegam, os limitam, impedindo-os realmente de vivenciar o real sentido de tudo. É preciso entender que o esforço é necessário a cada instante. Porque quando há esforço dessa reconexão, há o desprendimento das irrealidades, aí se atinge o merecimento. Não há merecimento sem esforço, e o merecimento é seguir viagem rumo a elevação constante, atingindo e alcançando novos estados dimensionais, desdobrando-se nos universos e multiversos, compreendendo a magnitude divina em suas mais várias moradas. É preciso entender que todas às vezes que se vive num orbe ‘planeta’, isso fica registrado, alojado, não no DNA, mas uma estrutura etérica. Como funciona isso? Quando há um alinhamento, uma conjunção entre as glândulas hipófise e epífise, alojadas no cérebro, então, molda-se um registro originando a iluminação, a clarividência, as lembranças do que se viveu, e isso torna-se ainda limitante para grande massa humanitária. Quando se atinge de fato a iluminação, essas duas glândulas formam uma conjunção mais incisiva, atingindo-se outros níveis, as dimensões começam de fato a serem entendidas, compreendidas, formando o GNA. O GNA é resultado, consequência dessa conjunção das duas glândulas. Claro que o GNA afeta o DNA, mas é por isso que os vossos corpos ainda não foram transformados. A ligação dos filamentos do DNA, toda modificação na base molecular, se dará após o processo de iluminação, ou seja, a alteração genética é a consequência, e não origem da iluminação. Quem recebe os fótons de luz do sol central? Todo o corpo, mas se não houver uma modificação na estrutura do pensamento, na forma de sentir, no ressoar, não fará muito sentido vibracional, porque quando essas duas glândulas a partir de um trabalho interno de mudança, reforma, amor, compaixão, elas começam a modificar o DNA, então, etereamente se forma-se o GNA, que permite uma estruturação na base espiritual, revisando todo o processo de aprendizado, abrindo novas percepções, fazendo com que a alma resplandeça sua configuração, mude, vibre em uma nova frequência, redimensionando os corpos sutis e dimensionais. Todos os aspectos regenerativos se intensificarão, permitindo desbloqueios das estruturas subatômicas e dos modelos de vida vividos até então.

(00:36:17) Por que muitas pessoas estão com seus chakras bloqueados, sobretudo o 4º e o 5º?

Isso é verdade. Esses chakras estão relacionados ao despertar da consciência. Não se desperta de uma forma abrupta, isso não é libertador. Não adianta apenas desejar o despertar, é preciso vivenciá-lo. Os filhos fazem pequenas leituras, vivem pequenas experiências, pequenas aventuras e acham que estão libertos para vivenciar o estado sublime. É limitador para muitos atingir um estágio sublime. Esses chakras estão bloqueados porque eles fazem parte da programação, das limitações impostas (estado de controle e dominação). É preciso uma renovação, um refazimento das grandezas humanas (amor, perdão, fé, vontade), ligadas a esses chakras. São necessárias limpezas através da mente e do coração, e isso distingue a chamada separação entre o “joio” e o trigo, o bem e o mal nessa realidade. Perceba seus desejos e vejam como os desejos estão ligados a questões instintivas, aos vícios, as drogadições, as programações mentais, aos padrões de repetições, vejam como as massas são controladas pela ordem que dominam o planeta. Vocês se sentem escravos de si mesmos e do mundo e é preciso se desvencilhar de tudo isso.

(00:40:00) Sobre a questão da alimentação

Existem os 4 níveis de éteres que se ligam ao corpo físico. Esses elementos demonstram de fato como as pessoas estão e o que estão vivendo. Um desses éteres é o químico. Ele se manifesta através do processo de excreção e absorção. Percebo estágios de desequilíbrio nesse éter ligado não apenas ao estômago, mas ao fígado também. O que o corpo manifesta, desequilibrando primeiramente ao nível energético, emocional e espiritual. Todo desequilíbrio que o corpo manifesta primeiramente acontece no plano mental e em muitos casos existe um aprisionamento visceral (culpa, mágoa, rancor, ódio, apego, frustração, tristeza), além das questões alimentícias determinadas pelas programações presentes no que se come e ingere, gerando desequilíbrio na flora intestinal, porta de entrada para fungos, bactérias, larvas, causando transtornos ao intestino, fígado e baço, baixando a imunidade e dando vazão em alguns casos a processos obsessivos. Querem despertar espiritualmente, mas não deixam de comer carne. Não estou dizendo que vocês se tornem vegetarianos, longe de mim, mas o consumo da carne gera um processo necrófobo com repercussões energéticas degradantes, gerando uma podridão na sistemática digestiva, abrindo espaço para disfunções hepáticas, causando flagelo em todo o organismo, inflamações e ligações espirituais negativas. Aqueles que querem despertar precisam mudar muitas coisas, sobretudo as programações alimentares. Além das carnes, deve-se evitar comidas processadas, enlatadas, industrializadas, muito condimentadas, embutidas. Todos esses alimentos são invasivos, danificando o corpo, os éteres e consequentemente bloqueia o espírito.

(00:47:36) Qual o significado do aumento das explosões solares e os seus efeitos?

As explosões solares são fatores que afetam todo o sistema solar e não apenas o planeta Terra. Isso é uma manifestação do Pai Criador, não é algo danoso ou destruidor como alguns estão interpretando. Todo estado dimensional está alicerçado em subdivisões e todas as explosões solares quando se intensificam, propiciam reformulações a nível quântico. Essas explosões estão ligadas à transição planetária, a estrutura mental, mineral, vegetal, biológica, o pensamento, as emoções, as sensações estão muito arraigadas nesse planeta há muito tempo, sedimentadas. Os raios solares possibilitam renovações, alterações as bases de carbono, inclusive no DNA Humano.

(00:50:46) Sobre os 3 dias de escuridão

Cada um tem uma forma muito particular de interpretação. Os fatores simbólicos e interpretativos por si só são indicativos. Os 3 dias são fases, determinações divinas para que haja o cumprimento da ordem e da Lei na linha do progresso e evolução humana. E se esse evento for mais para os seres que estão em zonas mais difíceis do que para o resto da humanidade, embora atinja a todos? E se vocês foram apenas coadjuvantes e não protagonistas desse processo? Sabe, percebo uma questão muito egóica, repressora aos eventos, geram formas de coibir e retardar o vosso despertar através do medo. Quem se acha o dono da verdade se coloca na condição de intérprete do que vai acontecer, exerce o poder de ser o decifrador e se sentir especial portador de uma verdade inquestionável. Primeiro lugar, vocês não são o centro de tudo o que está ocorrendo no mundo, no sistema solar, no universo.  Ao dizer isso pode gerar uma certa instabilidade, porque vocês acham que tudo gira em torno da humanidade, mas não é assim. Esses 3 dias são fatores da Transição Planetária. É mais um elemento disruptivo, como outros que estão ocorrendo simultaneamente, como as explosões solares. Vocês estão imersos na fase transicional e esse evento é mais um processo natural que ocorre em toda e qualquer transição, não é exclusiva da Terra, e proporcionará um afastamento, um distanciamento dimensional, que não é uma questão somente física, mas da própria consciência universal. Existe uma cadeia de eventos dimensionais. Vocês estão na 5ª, 4ª ou 3ª dimensão? – “3ª, respondi”.  E o que determina alguém estar na 3ª, 4ª, 5ª ou 6ª dimensão? É a inteligência? Conhecimento? É o desprendimento. Eu acho interessante quando vocês consideram alguém “ignorante”. Ignorante não é o que não sabe das informações, apenas não possuem entendimento, ele está no seu processo e ainda não teve oportunidades. Diferentemente daquele que entra em contato com o conhecimento, e ao vivenciar, não muda seus padrões mesmo tendo conhecimento. Então, esses 3 dias de escuridão será um evento aberto e cada um irá interpretar a partir de sua perspectiva dimensional. Quem estiver na 3ª dimensão enxergará única e tão somente caos, só perceberá dor e sofrimento. Quem estiver na 4ª, a abertura do mundo espiritual possibilitará estender as mãos para quem estiver sofrendo, e quem estiver na 5ª, além da abertura do mundo espiritual, terá a compreensão de como as dimensões se sobrepõem, coexistem, verá e entenderá o sentido do Cristo da redenção, da mudança, do fim de um ciclo e nascimento de outro. Deixará de ver e as provações como expurgo e enxergará enquanto transformação.

Nem todos estão preparados para isso, nem tudo pode ser dito, nem tudo pode ser lançado ao tempo e ao vento. O que estou dizendo aqui não é toda a verdade, porque cada dimensão possui subdimensões e em cada uma tem um nível de entendimento, de interpretações variadas, às vezes conflituosas. Porque cada um dentro de sua realidade, do seu contexto, de sua conduta, de seus interesses e dilemas.  

Uns dirão que serão 3 dias de escuridão, que entidades umbralinas aparecerão e levarão para zonas de sofrimento, outros dirão que o planeta Hercólubus, para alguns, Nibiru, através do seu campo gravitacional levará a população carregando as almas para planetas de mais baixa dimensão, levando consigo animais selvagens. O que isso significa? Que são meras interpretações. Cada um vai vivenciar de sua forma. Ai, eu pergunto: qual a interpretação verdadeira? Qual dessas é realmente o real sentido divino? Todas, porque no mundo dimensional tridimensional é possível vivenciar todas elas a partir de como se enxerga, se sente o mundo. Por isso as discussões, conflitos e disputas. Independentemente das interpretações o importante é não persistir no erro, independentemente das interpretações o que está de fato em jogo são as transformações. O que está em jogo é despir-se das crenças, dos dogmas religiosos, para aqueles que estão preparados de fato para isso, para um processo de entendimento mais profundo, seguindo sua viagem, porque Cristo está para todos em seu exercício de amar a Deus e uns aos outros, eis aí o grande mandamento.

Por isso, tão pouco importa as vossas origens, de onde vieram, o que de fato importa é o que estão fazendo nesta existência. Se vocês estão encarnados aqui e agora, saibam que há coisas a serem reparadas. O que vocês sentem? Quais são as vossas dores na partida de um ente querido? A falta de conhecimento? Ou, as limitações se fazem em outros níveis? Estão dispostos a compreender os irmãos? A olhar para eles? Em cada situação vivida existe um fator de libertação, para além das perguntas e respostas. Quando se lê um livro, ali contém uma realidade dimensional com seus sentidos, mas quando se busca muito sentido de tudo, perde-se o sentido da busca. Por isso, é preciso olhar para si em busca desse sentido, onde se encontra todo o traçado da vida, todas as limitações e incompreensões. Quando se faz o processo de reconexão consigo mesmo, percebe-se como tudo está interligado, tudo faz sentido, nada está solto, desconexo e perdido. Quando todos os elementos estão unidos, percebe-se a dimensão do viver em Cristo realmente. Nunca se esqueçam: Cristo está por todos nós. Não existe expurgo, e sim, transformação. É preciso se transformar. Nós somos uma pequena esfera de luz ligada ao Pai Celeste.

(00: 58:48) Quem é ou o que é o anticristo?     

O anticristo é uma bandeira hasteada predeterminada e que perpassa eras e eras de forças contrárias ao Cristo com um único propósito de, não somente levá-los ao erro, mas aprisioná-los em vontades e desejos, como, por exemplo, o domínio dos chakras inferiores (do raiz, 1º ao 3º), como uma programação de entidades regressivas e do governo oculto, tudo no sentido de impedir a redenção, afastar de Deus. Veja, chakras inferiores, ligados as necessidades materiais, as questões de sobrevivência, desejos; chakras superiores, a partir do 4º (plexo solar), ligados aos sentimentos, amor. Quando alguém induz o outro ao erro é um sintoma da obscuridade, preso as suas características. O anticristo é uma programação orquestrada por seres que estão em zonas sombrias, mais densas, com diversos instrumentos e mecanismos com o intuito de não permitir o acesso à luz divina.

(01:01:25) Já começou a grande tribulação?

Depende do que vocês interpretam com a grande tribulação, mas, para usar um termo de vocês, posso assegurar que o caldo vai entornar. Esse processo durará por um tempo, até a década de 40 deste século. Tribulação é limpeza e há muito o que ser limpo e transmutado. O ponto determinante será a fome, a escassez de modo geral. É claro que como toda profecia ela pode ser atenuada, reduzida, aumentada, isso depende do aprendizado da humanidade. Se aprenderam e mudarem seus caminhos, não há necessidade de prolongamento do aprendizado. E novamente, isso não é punitivo, é pedagógico. Olha o que fizeram com o planeta? Como vão parar essa sanha predatória e devastadora? Claro que nem todos sentirão da mesma forma. Quanto mais preso à 3ª dimensão, mais egoístas, insensíveis, piores os efeitos. O que determina o nível de sofrimento é o apego, a baixa vibração, a falta de vínculo e nexo ao próximo. Haverá desencarne coletivo, as chamadas reparações. Eu não digo isso para assustá-los, nem para causar medo ou pânico, baixando as vossas vibrações, mas explicando que isso está dentro do processo transicional, é necessário, pois nem todos ressoaram com as novas frequências advindas do sol central de Alcyon, a fonte crística. Isso não é nenhuma punição, muito pelo contrário. Se não for assim, vocês não serão transladados (“arrebatados”) para outras orbes. Isso de fato já ocorre, nunca deixou de acontecer, sempre irá ocorrer, porque é um dinamismo divino.

Maior do que Deus, ninguém! Lá em cima quem manda é Deus, aqui embaixo quem reza sou eu. Em Cristo Jesus tudo eu posso, tudo espero. Maria, iluminai a todo nós.  

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

O PRIMEIRO PEDAÇO

 


Olhos fitos nele.

Aquela cantiga que muitos pais não gostam de ouvir, sobretudo em se tratando do aniversário da filha adolescente completando 16 anos: “com quem será, com quem será que Lucía vai casar? Vai depender, vai depender se o Pedro vai querer”, acompanhado de sorrisos e sátiras de amigos e parentes ao perceberem meu rosto tenso, disfarçado de despojamento e languidez.

Minha filha começa o discurso.

Direciona- se à mãe.

Ufa! Que alívio, pensei eu.

Não será para aquele garoto de olhos verdes por quem ela está apaixonada, o primeiro pedaço pode ser para a mãe, a irmã Milene, ou sua grande amiga Duda, que veio de Cuiabá, exclusivamente, para sua festa de aniversário.

Mas para ele, definitivamente, não! Dizia eu entredentes.

Com lágrimas nos olhos e voz embargada, Lucía volta- se para mim e entrega o primeiro pedaço, lágrimas descem do meu rosto, realmente não esperava. Todos me olham, querem me ouvir.

Encho o peito de ar, paro por uns instantes e olho para todos, inclusive para a mãe de Pedro que acabara de conhecer, e grito: Pedro!

Levei as duas mãos até as orelhas e fiz uma grande careta. Gargalhadas mil. 

A DUPLA FENDA: a mente inferior e a mente superior

  No último sábado, dia 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, enquanto aplicava reiki nos moradores do bairr...