No
último sábado, dia 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do
Brasil, enquanto aplicava reiki nos moradores do bairro do Sá Viana, São Luís,
na ação extramuros do grupo Transição Planetária, entrei em processo meditativo
e tive uma bi-locação mental acerca do que vem a ser a mente, ou, como a
informação se apresentou a mim.
Nitidamente,
tive a visão da composição energética da alma e porque ela precisa encarnar em
um corpo. Necessita vivenciar uma experiência física, matéria e energia são simbioses, a primeira foi criada a partir da segunda. É da alma que fruem os pensamentos, que não são obviamente o cérebro,
sendo este somente a parte mecânica para o desenvolvimento da linguagem, das
cognições mentais. Percebi também a diferença entre a mente superior e a mente
inferior, também conhecida como ego. O ego é a mente que, a partir de um corpo
encarnado, da realidade, no nosso caso tridimensional, assume aspectos desta
dimensão em que estamos vivendo. Como a princípio está eivada de limitações, se
identifica com tudo o que tal percepção enxerga.
Como
no corpo encarnado as sensações são mediadas pelos 5 sentidos (olfato, audição,
paladar, tato e visão), tudo o que o ego, mente inferior, percebe e concebe,
está obstaculizado por esses sentidos. O ego, no entanto, intui que existe algo
para além dele, a alma, mas, por falta de conexão, se correlaciona com as
faltas, ou seja, com todas as limitações impostas pela vida.
À
medida que o ego assume cada vez mais a persona, controla as sensações, o
desenvolvimento mecânico do cérebro, dos pensamentos, cria uma realidade. Tal
realidade passa a ser vista como única e verdadeira.
Passei
a ter a compreensão do que a Física Quântica brada ao dizer: “tudo o que sua
atenção se volta, molda a sua realidade, passando a existir”. Definitivamente,
a mente inferior, ao se fixar em um determinado ponto, aciona os átomos que se
transformam em partículas, que se condensam, criando uma imagem, que por sua
vez se densifica até se transformar em uma situação. A co-criação passa a fazer
sentido. Tudo é energia, logo, à medida que nos fixamos sobre um aspecto,
movimentamos as partículas para que elas se condensem energeticamente e o
cérebro a interpreta enquanto realidade.
Primeiro ocorrem as pulsões elétricas, depois as sinapses, por fim, os conectores e receptores através dos peptídeos, que por suas vez se ligam as células. As
ligações neurais através dos peptídeos formam uma densa rede conectiva. Tal
rede se densifica e molda nossa visão de mundo. Tudo o que está fora desse
emaranhado de teias de circunstâncias é encarado pela mente inferior como
irreal.
A
mente inferior considera a existência da mente superior enquanto ameaça, pois
extrapola as dimensões da fisicalidade, da cognominada realidade, fora do seu
alcance. Foi então que percebi como a mente superior pode criar mundos
paralelos, ainda que não existam fisicamente. Ela faz uma projeção, para além
de algo fixo, estabelecendo várias imagens, o que a teoria literária denominou
de “imaginação-ficção”. Os poetas estavam corretos: a imaginação é real, pois ela cria o que é imaginado no mundo quântico. Tudo o que é imaginado passa a existir observando a percepção da realidade, da fisicalidade e da forma como a
mente inferior compreende o mundo. Vários "eus" existem e essas simultaneidades afrontam o ego, pois todos os
dramas criados pelo ego são alimentados por uma percepção, que se dissolve
quando observados sobre outros ângulos.
A
mente superior tem a nítida clareza de que ela é um fractal, um desdobramento do
espírito, que por sua vez se liga a outras dimensões, inclusive com a fonte criadora de tudo, também interpretado enquanto Deus Pai-Mãe. Todo o aspecto
vitimizador do ego é, em última estância, uma saudade, uma vontade, um desejo,
uma potência de se reconectar com algo que, por desconhecer, mas intuir,
desconfia da existência, reclama atenção para a falta, para a ausência,
notadamente na infância. Todos os aspectos das faltas na infância se
cristalizam a partir do medo. O medo é, em certa medida, o apego à matéria, uma sensação de insegurança, de incerteza.
Pude
perceber como esse apego à matéria prejudica os chacras. Eles são vórtices de
energia e são afetados pela mente inferior. Tudo o que a mente inferior
acredita ser real interfere no desenvolvimento dos chacras. Como são eles que
nutrem energeticamente o corpo, à medida que uma identificação do pensamento
densifica-se, certos aspectos são tangenciados, criando as crenças,
obsessões, pulsões, compulsões, neuroses, doenças, ansiedades, pânicos, distúrbios, dentre outras coisas, limitações de toda ordem, incluindo as
questões financeiras. As doenças são alimentadas constantemente, ainda que
inconscientemente, pelas percepções e sensações emanadas do pensamento. Sob
esse aspecto, qualquer doença é autocurável, a limitação está exatamente na
crença de sua fixidez, de sua impossibilidade de mutação, alteração.
Isso
também serve para os sentimentos. Os pensamentos criam os sentimentos, os
sentimentos por sua vez criam as sensações, as sensações criam as ações e as
ações as atitudes comportamentais. Tudo o que acreditamos ser real passa de
fato a existir em termos de crenças e sensações. As intenções constantes mudam a realidade. Nisso se baseia qualquer
princípio terapêutico de cura. A cura ocorre quando a pessoa identifica a
matriz da dor, do problema, entendendo suas variações, seus desdobramentos.
Quando ocorre a compreensão do que ocasionou e como superá-lo, há um desenlace,
uma desidentificação com os sintomas fazendo desaparecer paulatinamente, em
alguns casos, o trauma. Ou seja, toda cura ocorre quando há uma
despotencialização do problema, quando deixa de ser alimentado, desaparecendo
sua importância.
Nossos
sistemas político, social, familiar, religioso, educacional, compõe em grande
medida nossos modelos de crenças, mesmo porque foram criados culturalmente, ou
seja, são frutos das projeções societais. São circunstâncias fenomenológicas
criadas pelas sociedades, alicerçando nossas visões de mundo num processo
simbiótico auto-retroalimentado, dialético. Culturalmente criamos os sistemas,
os alimentamos e, uma vez criados, interferem em nossas concepções
existenciais. Tais sistemas foram alicerçados nos egos. São, em última estância,
projeções.
E,
nesse momento em que vivemos uma Transição Planetária em que tudo está sendo
colocado de cabeça para baixo, quando a Terra muda de frequência energética, o antigo modelo de sociedade entra em colapso,
novos paradigmas surgem, novas vibrações, há algo de grande surgindo e a alma
sabe, mas o ego teme, pois se trata de algo absolutamente novo. Tudo o que o
ego não controla se constitui uma ameaça.
É momento de abrir espaço para o novo, deixar o velho ir embora, deixar a antiga sociedade com seus mecanismos de controle colapsar e dar espaço para a intuição, para aquilo que tangencia o coração, para o silêncio, para as incertezas. A alma inicia sua trajetória de retorno à fonte criadora, a bem da verdade, nunca se separou dela, apenas foi essa a percepção do ego.
O
que está surgindo é muito além do que o ego possa imaginar.