ENTREVISTA
COM ARTON - PARTE 3
Entrevista
realizada no dia 08 de agosto de 2024, às 20:00, com duração de 02h:02’,
gravada em um aparelho Motorola one zoom por Davi Toledo e realizada por mim (Henrique Borralho) e por Carla Maria Lisboa Fernandes. Revisão textual
realizada pela mesma e por Giulia Lisboa.
Após as saudações habituais,
componentes da ritualística do Templo Espiritualista, iniciou-se a conversa
classificada como 3ª parte da entrevista com Arton, de Sirius.
Porque quando eu tomo café, meu corpo vibra, e as luzes que encandeiam a
tudo e a todo. Muitas vezes eu digo que café é vida. Ainda tem gente que fala
que café traz uma pequena dificuldade metabólica.
- Qual seria?
- Acidificação.
- Mas em qualquer quantidade ou no excesso?
- Tem a dose mínima aqui, é sugestionada, mas em grande proporção, isso
aparentemente gera certos danos. Eu gosto de café.
- Eu também.
- Graças a Deus. E aí, meu filho, veio hoje conversar?
- Saudade, saudade Pai, faz tempo.
- Não faz tanto tempo, que eu venho lhe visitando. Talvez o filho não
lembre dessas revisitações, mas estamos próximos nesse grande contínuo da vida.
Não tem nenhum filho querido que eu não esteja presente, observando,
compreendendo cada ‘andajá’ da vida. Os deslizes são apenas um pequeno
indicativo, um pequeno posicionamento, mas não significa o caminhar em sua
completude. É apenas um traço em meio a um emaranhado de informações e de
complexidades. Graças a Deus.
- Graças a Deus.
- E minha filha, como é que a filha está?
- Tudo bem.
- Já mexeu? Já teve as mexidas? Já está melhor?
- Já.
- Isso é importante. A filha começa a entender que esses dias que
antecedem a assistência*, nesse canto do Cristo, são eventos com muitas
conturbações.
- São dias desafiadores, é verdade.
- E isso faz com que o filho busque dentro dessa obscuridade aparente um
caminho de fé, de confiança e de determinação, daquilo que se espera de si, em
reflexo para com o outro. Por isso é assistência. Se não fosse assistência,
seria como? Assistência é doar-se. É aquilo que eu mencionei nos encontros, que
é o fazer, o assistir e o sustentar. Não existe nada além. São os princípios
básicos que precisam estar nas vossas cacholas.*
(* assistência= trabalho regular realizado no Templo, aberto ao público,
para cuidado com as desordens energéticas daqueles que buscam; ** cacholas=
termo que ele se refere as nossas mentes);
O fazer em ação, o assistir, com compreensão e
o sustentar a vossa fé com clareza, de uma forma que alcance a todos. Se os filhos
não compreendem esses princípios básicos, os filhos irão se perder em algum
momento. Mas mesmo nesse estado de contrafluxo, ele acaba sendo sempre um
aprendizado, sempre um processo de renovação. E assim é a vida. Enquanto uns
caminham para frente, outros dão dois, três passos para trás. E está tudo
certo. Não existe nada fora. Graças a Deus.
Meu filho veio prosear comigo hoje?
- Sim. Tenho muitas perguntas.
- Fique à vontade.
LIVRO DE URÂNTIA
- Vamos falar um pouco sobre um livro que me impactou muito, mas
depois passou a me incomodar profundamente, que é o livro de Urântia. É um
livro que se pretende contar a história do universo, desde NEBADON, desde o
centro do universo até a história da Terra. Mas várias coisas começaram a me
incomodar, como o racismo, como o evolucionismo, situações do tipo ‘não nos
importemos com raças inferiores’. Então, eu parei de ler o livro, mas são
várias perguntas sobre isso.
A primeira é, que é importante, para o leitor do blog,
ele diferencia Lúcifer, Satã e o Diabo. Ele diz que Lúcifer, bom, era um ser
evoluído, Satã se coligou com Lúcifer para poder ludibriar Caligastro, que
seria o príncipe da Terra e o responsável, então, pelo descenso da Terra. Essa informação
é correta?
- Sim.
- O filho sabe a data específica?
- 1930.
- 1930. Em 1930, os médiuns, todos os irmãos dentro desse contexto,
dentro dessa bolha planetária chamada Terra, ainda não tinham a preparação, um
processo que os filhos hoje já têm conhecimento, que é a canalização. E isso
traz informações que não são tão apropriadas. Isso já sinaliza que existem
fatores que foram instigados por irmãos contrários. Então as informações, elas
vêm e é a mesma coisa do filho passar uma ligação para a irmã, mas existem
atravessadores. E isso é algo que os filhos precisam ter muito cuidado. Toda
informação, precisa ter uma vinculação muito profunda e sincera, compreender
que a mensagem pode trazer certas modulações inapropriadas. Por isso a ideia da
mensagem, em sua verbalização, traz contextos profundos e sinceros, mas os
filhos têm que estar atentos que, nesse movimento de 1930, foi um momento muito
conturbador para os filhos da Terra. As questões das guerras, toda a
mobilização do anticristo, e isso gera impactos, isso gera conflitos
indeterminados, que até no dia de hoje ressoam.
Por isso, quando se fala em terceira e quarta
dimensão, os filhos têm que entender que todas as mensagens precisam ser
compreendidas, não somente na perspectiva que se deposita, mas numa análise
mais profunda, e extrair aquilo que lhe traz realmente, esclarecimento. Se é
algo que lhe traz inverdades, se aquilo lhe traz incômodo, inquietude, isso não
nos cabe direcionar, porque são muitas verdades. Isso eu mencionei para o filho
dessas vezes. Se eu falar para o filho que essa verdade não é tão verdade assim,
eu infringirei barreiras, mas eu deixo em aberto a condição vibracional, a
preparação mediúnica daquela era, para o momento atual dos filhos e que, nesse
desenvolver-se dessas comunicabilidades, o tanto de irmãos, de processos que
podem interferir e trazer essas inverdades.
Por isso que eu falo desse caos da vida. O caos,
ele reflete não o caminho incorreto ou correto. Ele traz apenas aquilo que cada
um está pronto para acessar. Talvez essa inquietude do filho traga uma
ideologia, que lhe estique, que lhe incomode, que traga prejuízo e que não lhe
cabe acessar.
Para outros, talvez, essa verdade seja sincera.
Mas, de fato, é que os filhos só reconhecerão as verdades quando realmente
despertarem. Porque se eu falar para o filho que isso é ou não é, isso vai
gerar um impacto gigantesco e esse não é o meu papel! Não sei se ficou claro.
Falei de várias formas para que o filho possa compreender isso. Mas de fato é,
toda a sistematização planetária, do próprio sistema, do próprio universo, são
verdades que são somadas, que são alimentadas e nutridas por diversos irmãos, e
que para uns e outros podem ou não se tornar verdades. Mas aí eu pergunto para
o filho, o que é realmente verdade?
É aquilo que lhe traz compaixão, para uns. E se
eu falar da vida do Cristo para outros e trouxer inverdades? Porque para muitos
o Cristo não existe, para muitos traz certos incômodos. Isso aí de colocar na
balança o que é verdade e o que é inverdade, fica uma coisa muito vaga.
Os filhos têm que compreender que o conhecimento
precisa estar aprumado (alinhado) às questões que os filhos estão
alicerçados hoje. Não queira saber ou antecipar algo que não faça sentido ou
que gere certos incômodos. Porque isso é prejudicial. Isso não traz méritos
espirituais.
SOBRE AS ATRIBULAÇOES NA TERRA
SOBRE A TRANSIÇÃO PLANETÁRIA
- Existe essa ideia. E trazendo esse outro ponto de vista, isso vai mexer com as estruturas egóicas dos filhos. Eu acredito que este seja o momento de quebrar essas barreiras, dos filhos se acharem especiais ou responsáveis pela transição. Cada um tem o seu papel individual e tem a responsabilidade de se melhorar moralmente, de adquirir tais conhecimentos e, consequentemente, ajudar o irmão querido, nas relações diárias e constantes. Mas, como eu mencionei, se os filhos começarem a não comportar essas energias, os filhos serão expurgados. E eu mencionei no outro encontro que essa palavra ‘expurgo’ ela soa de uma forma errônea. Eles serão transladados, serão convidados para adquirir uma outra proposta planetária.
-As sementes estelares que o filho menciona, elas são atribuídas a todo o processo planetário. Ela não é algo somente do planeta Terra. É o dinamismo cosmológico. É algo que vem e que é natural. O que destrói a humanidade é esse estado egóico de acreditar que todos são as peças fundamentais. Então, os filhos precisam compreender que o despertar era para si, inicialmente, e que, paralelamente, o espírito (do planeta) está seguindo o seu caminhar. E é preciso que haja esse estado congruente. Então, o que nos cabe, enquanto espírito, enquanto filhos nessas vestes corpóreas, é tentar sintonizar nesse afluxo, se despir desse estado egóico, do orgulho, dessas vestes. Se todos começarem a compreendê-lo, que por mais que os filhos não sejam tão exclusivos assim, os filhos são realmente pequenas sementes, pequenas poeiras planetárias.
-Então não houve missionários que vieram de dimensões mais avançadas para a Terra?
-Eles também, obviamente, em algum momento, também se desenvolveram
em guerras intergalácticas.
-Isso. E é devido a esse enlace tão profundo que eles se propõem a
ajudar e auxiliar os irmãos nas proporções coletivas.
-Então, eles também estão um processo de resgate?
-Todos têm.
-Todos?
-Todos têm.
-Inclusive com a própria terra?
-Isso. São vinculações
importantes que já são pré-estabelecidas nesse calendário cronológico. Isso já
vem de muitas eras. Já tem todo um desenho de atividades de reconstrução, de
deslocamento atemporal, para que haja todo esse refazimento. Só que a questão
dos filhos é, primeiramente, acreditar que os filhos estão imersos nessa
responsabilidade planetária. Talvez seja essa a forma para que os filhos
comecem a compreender essa verdade e realmente ter essa coragem e vontade de
seguir. Porque se mencionar isso de uma forma mais clara, isso pode trazer
certos incômodos. E trará!
-Quando os filhos começarem a entender que não são tão responsáveis pela
transição planetária isso vai trazer um rebaixamento e certas inatividades.
-Eu estou sendo... Não vou dizer transparente, porque eu já sou...Na
minha condição eu já sou transparente. Mas eu quero ser... porque eu acho que é
um momento importante a ser mencionado. Os filhos não são responsáveis pela
transição, mas se eu mencionar isso para os filhos vai criar o caos.
-Porque vai tirar inclusive o voluntarismo, vai tirar inclusive a
vontade de participar ...
-Porque isso é um estado egóico. “Eu preciso ser o ponto-chave, eu
preciso compreender, porque através de mim, através da minha presença, que eu
vou transformar o mundo e as pessoas”. Ninguém tem a capacidade de transformar
ninguém, a não ser a própria pessoa. Se eu chegar para o filho e falar: ’meu
filho, eu vou fazer algo e o filho vai se transformar’. Isso não é
transformação. Se o filho compreender a vossa jornada e o filho fazer as vossas
escolhas, é o vosso mérito. O vosso mérito lhe transforma. Então, essa ideia, de
se mover numa proposta de justiça, isso é algo que é alicerçado, é aceito,
porque se assim não for, a humanidade não se transforma. Mas esse não é o real
propósito.
-Agora, imagina só, 8 bilhões de pessoas desmotivadas.
Aí os filhos vão para outros planetas. E o planeta Terra vai seguir,
porque ele em si compreende a nossa trajetória, porque o espírito da natureza,
que alicerça todo o fator biológico e físico, ele está, ele é, ele não precisa.
-Na verdade, nesse momento, ao invés de uma ideia coletiva, precisaria
de uma ideia um pouco mais “egoísta”. “Vou me melhorar para seguir”. Só que o
problema é que aí você vai conter o despertar, porque você vai deixar de ser um
promulgador das ideias. Você consegue perceber a quantidade de mensagens que
vêm, de forma de motivação, e muitas delas também trazendo a dor e sofrimento?
Porque isso são formas, são mecanismos do astral, como forma de promover essa
movimentação. E isso para a grande maioria é notório, tem os seus ganhos.
-Um alistamento.
-Mas o que eu estou trazendo para os filhos hoje é aquilo que eu vejo, de
uma forma mais translúcida possível. Eu não estou desmotivando ninguém. Eu
estou trazendo aquilo mais próximo. Os filhos só conseguem se melhorar por si,
reparando as vossas vidas. Cortando esse cordão umbilical. Para que os filhos
tenham a própria autonomia de ser isso.
-Então, você está dizendo que no fundo a gente apaga a informação do
que nós fizemos, e passa a acreditar numa ideia salvacionista, missionária.
Primeiro, para não ter que lidar com os horrores que nós fizemos. Depois, para
acreditar na capacidade de mudança, de melhoria, de evolução. Então, isso não é
de todo errado?
-Isso são mecanismos, que por mais que eles sejam projetados para os
filhos, muito pouco tem efeito. Agora imagina se eu mencionar tudo que já foi
dito? Isso vai trazer um caos e os filhos não vão se motivar em nada. E a
proposta espiritual é justamente elaborar uma ideia, colocar os filhos em um
ponto que traga significado, que traga realmente essa força de querer. Para que
os filhos compreendam, é como uma pequena parábola da vida.
-O problema é só no orgulho, é a vaidade. Se a gente
não tivesse isso e entendesse o crescimento espiritual individual como algo
benéfico, ainda assim a gente poderia ter uma ação coletiva?
-Talvez com menos intensidade.
-Com menos vaidade, menos glamour.
-Porque não sei se os filhos percebem, as pessoas que estão à frente, que
estão se mobilizando, elas sempre têm, elas carregam em si certos graus, níveis
de vaidade, de orgulho, de egoísmo. É o combustível que ela precisa, é a forma
do condutor dessas faixas vibracionais.
-Mas isso, é de todo ruim?
-Então, nessa fase de alistamento para o despertar, é útil esse
movimento coletivo, né?
-Isso, isso é útil. Isso se faz nessa missão.
-Para divulgar, espalhar as ideias.
A ideia da humanidade salvadora do planeta é espiritual. Essa ideia
realmente é aquilo que está sendo alicerçado. Não para as transformações. Só
que isso é de uma forma muito lentificada.
-Mas também não é uma forma, de se livrar da culpa por aquilo que se
fez no passado?
-Nessa proposta, os filhos encontram vários caminhos. Os caminhos que
realmente poucos conseguem. Esse reconhecimento. E muitos outros buscam
atalhos. Esses atalhos que o filho menciona, que são justamente da vitimização,
da culpabilidade, do não conseguir se desvincular, se desprender das amarras,
da ancestralidade como a única forma condutora e necessária para o crescimento
espiritual. Então são vários mecanismos complexos por si só, que buscam
verdades como forma alicerçadora nesse processo. Aí os filhos compreendem o
nível de complexidade.
-Sim, é mais complexo do que pensava.
-Do que se pode se mencionar ou não. Aquilo que se silencia. Porque fica
uma dubiedade muito grande. Porque muitos filhos que eu converso, falam, “mas,
Pai Benedito, eu posso extrair, eu posso mencionar isso ou não?” Isso para uns
vai ser ruim, para outros, para a grande maioria, não.
-Continua com as parábolas que há dois mil anos o mestre mencionava. Será que a humanidade ainda precisa disso?
-Então é por isso que a gente não consegue, por isso que existe o véu
do esquecimento?
-Porque o véu do esquecimento, ele trará as informações de uma forma
muito contundente e isso irá danificar toda a estruturação psíquica, alicerçada
por todo o processo egóico. Porque o ego, ele é o fator sustentador e retirá-lo
é uma forma de agredir espiritualmente todo o processo evolutivo espiritual. Eu
não estou trazendo as características dessa vida teórica dos filhos humanos. Estou
trazendo o fator, a estruturação egóica, um fator de muitas eras. E deixar esse
véu do esquecimento se fragmentar, é para poucos.
-Porque seria enlouquecedor?
-Seria enlouquecedor. E como é que seria esse refazimento do espírito em
um processo de loucura? Não existem outros caminhos a não ser reconstruir o
vosso ego, criar ideações, processos, a própria ilusão como recurso
complementar para uns, mas necessário para outros.
-Então, essa coisa que alguns espiritualistas dizem que é preciso
eliminar o ego, está equivocada?
-Isso são tentativas para que realmente essa fase mais translúcida da
vida possa vir. Mas, infelizmente, não são para todos. São para poucos.
-Porque talvez essa ideia de carregar o mundo nas costas e ser
responsável pela evolução e crescimento de muitas pessoas, para alguns, seja
angustiante.
-Sim.
-E saber que cada um poderia ser responsável pela sua trajetória,
seu crescimento, desenvolvimento, rumo ao processo transicional, fosse
reconfortante. Mas o problema é que são populações pontuais, são clusters, né?
-É tentador. É messiânico.
-É isso. Chegar e dizer, olha gente, na verdade, nesse grupo é cada
um por si e Deus por todos. Aí seria...
-Desfragmento do grupo. É um
arquétipo. A ideia de ser salvador é um arquétipo. E a humanidade não consegue
viver sem arquétipo. Porque elas não estão preparadas para o despertar. Porque
aquele que está preparado, ele se desfaz de todos os arquétipos. E volta o
olhar para o vosso espírito, e não para a vossa alma. Porque a alma está muito
atrelada ao ego. E o espírito está
acima, na verdade, do ego. O espírito é o estado mais sublime que os filhos
possam encontrar nessa existência. O espírito é uma terminologia que os filhos
determinam para compreender isso. Mas existe algo muito mais profundo do que o
Espírito.
-Que é o quê?
-É a centelha divina. Porque o Espírito, ainda assim, existem certas
roupagens. A centelha não. Ela é de Espírito.
-Ela é de espírito? A centelha seria a essência do espiritual?
-Isso. A centelha divina seria o próprio Deus criador de todos nós, o
manifesto.
-O manifesto no espírito?
-O manifesto no espírito. Mas para que haja o reconhecimento dele, é
preciso se despir do Espírito. Isso é um outro processo, bem mais complexo.
- Então, por exemplo, quando alguns espiritualistas falam que a chama
gêmea é uma centena divina que se fragmentou em duas e foram viver experiências
diferentes. Essa informação é correta?
-Isso é uma tentativa de compreender o mundo mesmo. Talvez faça sentido
para eles, mas não é isso. É dessa forma que compreendemos.
- Então não há chama gêmea?
-Então, na verdade, todo espírito, quando ele é criado, ele é
criado individualmente?
-Isso, ele é criado individualmente. É como se meu filho pegasse um
pequeno grão de areia e quebrasse ele e cada fragmento tem um ponto de origem,
mas mesmo tendo o mesmo ponto de origem cada um traz dentro de si uma
trajetória.
SOBRE SIMBOLOS, MAGIAS E OCULTISMO
-Essa pergunta que eu vou fazer é mais para nossa
compreensão, mas eu acho que não seria. Mas existem processos simbólicos e
ritualísticos que remetem a Saturno, que remetem a pedra negra. E está presente
em todas as religiões. Na Olimpíada, quando você pega a medalha, o fundo dela é
um hexaedro negro que remete a uma montanha que existe em Saturno, da qual os
maçons fazem referência, da qual a cabala escura, na verdade essa aqui, também
faz referência. A humanidade realmente está imbuída dessas séries de
simbolismo, de magias que remetem ao ocultismo de baixa vibração?
-Que dominaram Saturno?
-Isso. E que tem um pequeno distrito. E que tem as vinculações. Mas se
eu for falar disso, aí vamos passar. Mas seria interessante um momento para
falar sobre.
- E esses elementos, claro, estão presentes na Terra.
-Todos estão presentes na Terra. Às vezes os filhos falam muito dessa
questão do chip, das coisas, né? Todo mundo fala, o que se vê no processo de
assistencial. Mas isso é muito pouco. Pela toda forma, todo simbolismo que já
está, foi direcionado, foi alicerçado por diversos e inúmeros grupos
espirituais.
-Qual é o sentido desses irmãos planetários de estar conosco? Qual é o sentido dos sirianos, dos arcturianos, de todo o comando planetário estar presente?
É para que haja a restituição dessa linha ilusória do tempo. Para que
esses flagelos não tenham tanto alcance. Para que haja o desmembramento de tudo
o que incomoda os filhos das ondas mais densas, para que haja libertação. Por
isso, todo o fator simbólico. Os filhos hoje são alicerçados pelo simbolismo,
pelas ideias, mas isso tudo ainda é um fator ilusório da vida. E que os filhos
só reconhecerão quando os filhos saírem dessa faixa atemporal. Esse sim é o
despertar da vida.
- E todas essas linhas são construções mentais?
-Todas, pelos irmãos, mas muito mais por aqueles que antecederam todas
as origens e modificaram todas as estruturas químicas, biológicas.
-Inclusive do nosso DNA?
-Perfeitamente.
-Nesse aspecto, o simbolismo de Adão e Eva, que seria a retenção ou o
afastamento das doze fitas de DNA, deixando somente duas. Por isso que nós
somos limitados hoje. Nós vamos atingir a condição de reconectar as outras dez
fitas, nos tornando seres muito mais multidimensionais?
-Perfeitamente. Quando há o adulamento dessas faixas, desses filamentos, é justamente por conta dessas faixas ilusórias. O primeiro ponto que os filhos precisam se ancorar é compreender quem realmente os filhos são em vida. É preciso um olhar profundo. É preciso reconhecer as vossas almas para que haja o desprendimento delas. É preciso reconhecer todo o andajar para que haja quebra. Mas isso talvez não ocorra de uma forma tão consciente assim. Até mesmo o inconsciente lhe propõe essa oportunidade. Quando os filhos caminham em outras propostas, e quais propostas seriam essas? Fazer o bem a si e aos irmãos. Essa é uma condição de quebra e que traz certas singularidades. É o estado que permite um alcance direto e profundo com a criação divina. Porque se eu falar para os filhos que não existe um Deus, mas existem diversos “deuses”, isso modificaria todo um processo de sustentação dentro da vossa psique, do vosso entendimento.
-Causaria confusão.
-Mas existem esses vários seres celestiais dotados de muita capacidade, todos contidos na nossa
realidade? São de várias realidades?
-É interessante minha filha mencionar isso, porque é isso que eu quero
trazer. Se eu digo que em uma determinada linha há várias subdivisões de mundos
paralelos àquela determinada proposta, imagina nos mundos dimensionais. Em cada
dimensão, há uma proposta, há um ideal a ser circunscrito.
-Multiversos. Mas esses vários seres celestiais, eles estão de acordo com o
Pai Celestial, com a fonte do mundo de Deus? Existe um Pai Celestial?
- Não, não existe um Pai, existe uma fonte, chamada de Deus. Mas essa
fonte não é Pai, não é Mãe, é apenas a fonte.
- De lá que tudo originou?
-Isso, de lá que tudo se nutre.
-Ah, seria então não uma
fonte só de origem, mas uma fonte de nutrição, de recarga e de manutenção?
- Então esses outros seres celestiais estão a serviço dessa fonte?
-Isso é interessante porque depende do nível consciencial que você está
alicerçado. Se o filho falar para mim, nas zonas mais sublimes, dentro desse
processo do despertar, sim, todos estão a serviço da fonte divina. E todos
bebem desta água. Mas quando se está na terceira e quarta, há muitos deuses que
se intitulam proprietários e merecedores dessa fonte.
-A Terra ainda está na terceira dimensão?
-Não mencionei para o filho? Se
muitos não estão despertos é porque estão.
- Mas quem
alimenta a terceira? É a própria terra? É o próprio espírito?
-Não. São os
filhos que estão na terceira. Por isso que, quando eu mencionei para o filho,
nos últimos diálogos, é justamente que terceiro, quarto e quinto é um processo
individual daquilo que eu estou imerso. Porque o próprio espírito planetário,
ele permite, ele tem, ele nos dá essa flexibilidade de alcance. De estar na
terceira, de estar na quarta, de estar na quinta. Mas o que vai determinar é
aquilo que eu sinto em meu senso.
-Então,
durante o dia é possível estar na terceira e quinta?
-É inviável. Dessa forma desperto, é inviável. Porque para muitos
terceira e quarta e a quinta é algo muito próximo, mas espiritualmente, existem
espaços, e esses espaços não compõem a vossa estruturação. É biológico. Talvez
a questão mental pode ser um dos caminhos, mas não por completo.
-Então nós estamos muito longe daqui da quinta dimensão?
-Sim. Fisicamente, biologicamente, sim. Mentalmente, muitos poucos não.
Muitos distantes. Basicamente, todos.
-Em termos de porcentagem, é possível calcular quantos já estão na
quinta dimensão?
-Eu posso trazer entre 2% de despertos.
-2%?
-2%, de despertos.
-Depende, do que o filho acredita ser pouco. É como eu mencionei, é um
fator individual, inicialmente.
-A Carla está perguntando: ‘e esses espertos estão fazendo o quê?’
- Eles servem como sustentação para essas contabilidades. Inicialmente,
eles abrem pequenas brechas no tempo e espaço, permitindo determinadas
presenças. Lembra que eu falei para os filhos que quando há uma presença
divina, isso gera uma quebra ilusória do tempo? Então, esses despertos, eles
têm inicialmente esse papel. Porque quando o filho em carne desperta, ele se
sintoniza com determinadas egrégoras. Então essa sincronização abre comportas e
a presença do ‘eu sou’, que tanto é mencionado, quebra padrões, limpa o karma
humano e traz as renovações.
-Mas em compensação ele
atrai mais sombra, não é verdade?
- A sombra já existe. As sombras, elas fazem parte da terceira e quarta.
Buscar a luz, sintonizar-se com a luz, é um caminho. Para quem possui o estado
egóico, é doloroso. Por isso que os filhos sofrem tanto, sentem muitos, porque
aí já vai de encontro com o coletivo. Porque, por mais que os filhos sejam
individuais, porque o caminho precisa ser individual, o coletivo pesa, ele fica
mais tenso, ele pesa nessa pequena luminosidade.
-E aí a pessoa que está desperta se sente sozinha, se sente
incompreendida?
-Incompreendida
- E ela também é abandonada?
-Não,
espiritualmente não.
-Coletivamente?
-Não, espiritualmente ela está sendo alicerçada, mas seria a fase
meritória dela, porque não basta apenas despertar, é preciso sustentar esse
despertar em ações. E ela vai ser instigada. Então são os níveis mais
profundos, porque ela vai ser testada dentro desse despertar.
-Por quem?
- Pelas trevas.
-Para retirar da determinação?
-Não, mas para fazer com que ela crie esforços internos de sustentação,
para que essa iluminação cresça cada vez mais.
-Então as trevas estão a serviço da luz?
Os filhos precisam entender as trevas como a luz. As trevas, que os filhos
tanto mencionam, é uma condição necessária para aqueles que ascendem. É um
fator determinante! Porque para aquele que está desperto em um grau mais
elevado, não existem trevas, só existe luz. Isso é complexo. E mencionar isso
talvez não seja um fator importante. Porque os filhos estão com a mentalidade
nesse pequeno espaço. Existem coisas grandiosas acontecendo nesses instantes. Existem
movimentações espirituais gigantescas acontecendo, mas os filhos não sentem.
Por que não sentem? Porque os filhos ainda estão aprisionados, enclausurados
nesta bolha, buscando respostas, buscando perguntas.
-E essas movimentações dimensionais gigantescas, elas
são como uma disputa ou são apenas movimentações fluídicas de evolução com
direcionamento? Existe um embate energético ou apenas um fluir maior do que a
gente pode perceber?
-É o que eu
digo: toda movimentação divina não é o embate. Elas são transformações.
-São somente fluxos?
-Essa questão do embate, dessa briga interna, quem produz isso é o ego.
E espiritualmente isso não condiz com a realidade.
-Então as trevas dos iluminados realmente não são trevas, são etapas?
-São expurgos, são fragmentações do que precisam ser despidos. Por isso
que eles só veem isso, porque eles só vão se livrando cada vez mais daquilo que
os limitava. E eles compreendem que isso é um processo. Então, querer que os
filhos despertem da noite para o dia, do dia para a noite, é um fator agressivo
perante todo o caminhar espiritual. Por isso que, por mais que eu mencione ‘expurgo’
por conta dos irmãos que estão alicerçando, eu não vejo como expurgo, eu vejo
como aprendizado.
-É, não seria a palavra adequada.
-Se o irmão que está hoje nessa vida de meu Deus e não consegue
alcançar, sintonizar com a transição deste planeta, o que cabe é ele regressar
e aprender novamente. Não há um retrocesso, não há esse demérito. Até porque o
que realmente é colocado pelos irmãos divinos é o exercício.
- Ninguém vai involuir ou desaprender, apenas pode ficar estagnado e
depois seguir novamente?
- Eu nem vejo essa questão de estagnação. Até porque mesmo que os filhos
sejam estagnados, os filhos estão evoluindo. O fato de o filho estar presente
em alma ou em espírito, existe uma movimentação que lhe permite não estar
estagnado. O fator dos filhos não conseguirem raciocinar ou mentalizar nada não
é o estado do limbo. O limbo é uma condição umbralina. Dessa condição dos olhos,
sim. Mas no processo realmente mútuo da vida, os filhos estão sempre a evoluir.
- Por isso que sempre diz que o sofrimento é escolha né?
-Isso, por isso. Não sei se foi um banho de água fria no filho.
-Não, não, não. Não, pelo contrário.
Foi esclarecedor. Porque também retira essa
responsabilidade de se sentir importante, tira um pouco a ansiedade de acelerar
o processo, de ir devagar, respeitando cada momento, respeitando a dinâmica,
respeitando a capacidade de entendimento, eu acho que puxa o freio de mão sobre
acelerar e viver o agora. Foi bom porque se entende que é
uma coisa que foi construída, de que na verdade a ascensão vai trazer um
momento de plena luz e, portanto, sem conflito. Saio daqui sem essa
ilusão. Em 2025 já sei que vem pancada para cima de mim, mas tudo bem. Se é
para o reencontro, se é para melhoria que assim seja. E saio daqui com a
clareza de que esse processo é eterno, ele é dinâmico, ele não vai parar nunca.
Agora, da forma como se olha, eu posso olhar isso como
sofrimento, ou posso olhar isso como uma oportunidade ou quando vierem as
barreiras, eu posso interpretar como uma dádiva e olhar para isso com mais
leveza sabendo que, mesmo na quinta, na sexta terão outras dificuldades, não
serão as da terceira, mas lá também deve ter, não é isso?
-
É um processo contínuo e eterno.
- Essa ideia de que despertar
será um estado passivo. É mentira?
-É um processo contínuo, que gerará esforços, só que de uma amplitude,
de um contexto não somente individual, mas coletivo.
-É porque dá a ideia de que ao atingir a outra dimensão, os conflitos
vão acabar.
- Não, os conflitos internos, sim. Aí, quando os filhos cessarem esses
conflitos internos, sim. Mas quando os filhos cessarem esses conflitos
internos, se desprenderem dessas amarras, os filhos estarão aptos a auxiliar
outros irmãos. Aí, poderemos dizer, como estado de missionário.
- Mas isso não quer dizer que não haverá problemas?
- Não.
-Haverá?
-Não os seus, mas os dos irmãos. Os outros.
-Que também constituem um desafio?
-São desafios.
-Que conflitos somos nós que criamos. É a nossa limitação agora?
- Eles não existem.
-A nossa capacidade visual. É até uma forma de proteção. você dizer
que está sendo assolado pelo mal, que existem trevas, contrários. Tira um pouco
a nossa irresponsabilidade, porque é o mal que está vindo, são os obstáculos,
são os problemas. É mais a nossa: ’estou sofrendo, estou passando por
problemas, por atrapalhos.’ Eu entendo até como uma forma de a gente tirar um
pouco o peso daquilo que a gente realmente precisa fazer, do que a gente faz de
fato, das nossas construções.
-É interessante que quando se está no momento assistencial, o que é
visto pelos irmãos, o que é realmente analisado, são justamente os traumas
dessas existências e das outras. E qual é o sentido da assistência?
É fazer com que o irmão reconheça
esses traumas, primeiramente inconscientes, para que possa vir ao estado de
consciência, de uma forma mais branda, e que ele tenha condições de fazer essas
questões. Então, o que eu analiso junto com os irmãos é justamente o fator
atemporal e de todos os pontos que precisam ser acionados, porque é visto
aquilo que pode ser ou não. Aí entra essa questão, é preciso que os filhos
despertem para o ontem. O que ele diz que tem que despertar para o ontem? Os
filhos estão preparados para despertar para o ontem? Não, porque é doloroso.
Então, nesse sentido, é melhor preparar os filhos para que eles tenham a
condição necessária para despertar. Porque não me cabe, não sou responsável
pelo despertar do próximo. E a ideia é, o filho precisa despertar o quanto
antes.
Nem o irmão espiritual, nas escalas mais evolutivas, dentro do contexto
seráfico, dentro do contexto dos comandos, dentro da própria fraternidade
branca. Eles são meros instrumentos para que os filhos alcancem. Não é que eles
descerão às terceiras e quartas. Eles estão de braços abertos, mas é necessário
o esforço individual para acessá-los. Não significa que os filhos estejam sós,
mas é necessário que haja um esforço, meritório para isso, porque se não
houver, os filhos estarão sós, dentro desse processo. Nós temos tutores. Nós
temos tarefas. A mesma coisa no estar nessas universidades, mas se o filho está
lá e não quiser estudar, isso aí, não se pode fazer nada. Vai ter as provas e
não vai passar. E vai ficar aí, indo e vindo repetindo, até chegar ao ponto, de
um determinado ponto cronológico, que ele não terá mais a capacidade de se
formar. É o que acontece com os filhos nesse planeta. Os filhos estão fazendo,
não estão conseguindo ter a sustentação. Não vão ter a oportunidade e vão para
outro, outro orbe. Novamente passar por novos processos e experiências.
-Então seria bom não perder a chance, não é?
- A questão é, o que eu mencionei, o processo é, o Espírito Planetário,
ele está, ele não está atrasado, ele está seguindo o seu curso. Ele não depende
de nenhum dos irmãos terrenos que aqui estão. Ele depende dos irmãos
espirituais. E ele está caminhando, ele está seguindo o seu percurso dentro da
vossa programação, dentro da sua proposta. Cabe aos filhos terrenos a sintonizarem-nos,
a fazer as últimas, participar das últimas instâncias dentro desse processo. E
aqueles que não o tiverem, realmente, terão outras oportunidades.
-Fisicamente, a Terra corre
o risco de ser destruída?
- Não.
-Não?
-Não há nenhuma possibilidade para isso.
-Mesmo com a
devastação da natureza?
-Não. Existem propostas espirituais para que o futuro próximo, toda essa
contextualização, toda essa proposta da natureza, da flora, de toda a
circunstância, modifique as vossas estruturas.
-Vai acontecer?
- Isso, existe, em potencial. A degradação de algumas áreas. Mas isso,
para os filhos, isso é realmente avassalador. Mas para o espírito, não. Para o
espírito planetário, não.
-Então algumas áreas vão afundar nele, alguns
continentes?
-Isso. Todo esse processo irá acontecer. Isso é inevitável.
- E outros continentes vão surgir?
-Vão ressurgir.
-Então a configuração da Terra, como a gente entende hoje, não existirá no futuro.
-Não, serão outras configurações. Porque se eu for para analisar de uma
forma mais racional, a Pangeia tem todo um desenho. E ela vai, ela está
seguindo o seu curso. Só que ela não vai conseguir alcançar todo o processo
reverso, já se pode dizer, porque existe um outro fator, que é o crescimento da
vossa estrela, que irá consumir todo esse planeta.
-O Sol vai consumir a Terra?
-Vai.
- Mas não agora?
-Mais para frente.
- O potencial destrutivo humano é apenas contra o humano, né?
-Isso. Isso não resvala de uma forma cósmica.
-O Sol vai consumir a Terra?
-Isso, vai consumir.
Vai consumir todos esses planetas que estão lá. Até Marte.
-Bom, mas é que isso daqui a milhões de anos?
-Isso. Isso. Aí até lá os filhos já foram embora.
-Nós não vamos transmutar nosso corpo aqui na Terra ainda?
- Eu vou novamente pontuar. Não há possibilidade de eu despertar com as
vestes, nessa condição que os filhos se encontram, biologicamente. Haverá
modificações, mas é um futuro próximo.
-Nós vamos passar por ela?
- Todos os filhos, eu também. Todos nós já estamos caminhando para esse
reencontro. Porque todos os irmãos que eu converso, é interessante. É, pode
marcar, filho, tem muita coisa que eu vou dizer que o meu filho não vai ter
condições de colocar, mas é esclarecedor. Vocês entenderam essa questão da
linha do tempo?
-Sim.
-Então vamos
imaginar que da era do Cristo até os dias atuais existe uma pequena faixa. Essa
faixa é cheia de caminhos paralelos, de realidades distintas, de ilusões, que
são modificadas por diversos irmãos espirituais. Dos contrários, principalmente.
Porque o acesso de terceira e quarta é algo muito acessível a esses irmãos. Esse
é o tempo. No mundo de regeneração, existem realidades já sendo vividas pelos
irmãos que aqui estão encarnados.
Irmãos que já estão também em outras orbes. Já existe esse prolongamento
atemporal. Então a filha, que está vivendo paralelamente nesses momentos, dessa
pequena faixa, a filha está se reconectando a esse estado de regeneração. A
filha já está nascendo lá. Então, essa questão de os filhos, de quando acordarão
na regeneração é um fator ilusório. É uma pequena parábola. Quando o filho
começa a modificar dentro dessa linha as vossas ações, começa a se desprender
de tudo que lhe amarra durante esse tempo e nessas faixas, o filho renasce nesse
mundo regenerativo. O filho é um pequeno bebê que está aprendendo a engatinhar
os seus primeiros passos.
Por isso o esforço de se melhorar para que nas outras faixas, os filhos
já possam fazer esse intercâmbio. Os filhos não são o que os filhos são hoje.
Os filhos são o que os filhos são simultaneamente nas vidas.
- Esse fator da necessidade do desencarne para o reencarne é
puramente ilusório? Essa necessidade de desligamento para religamento entre
essas consciências?
-Isso são trocas. E essa troca se torna mais perniciosa para aquele que
não a crê. E se torna libertadora para aquele que a compreende. Os caminhos são
inimagináveis. Mas o que é interessante, que nessa faixa, terceira e quarta,
nessa faixa que os filhos estão, cada ação, reflete nessa. Por isso,
independente da forma como os filhos interpretam as religiões, os filhos
precisam compreender que as ações que se realizar aqui, elas vão refletir aqui.
E isso é o mais importante. Porque se os filhos começarem a buscar dentro
dessas realidades e irrealidades, contextos, verdades, inverdades, inquietudes,
disposições, ou não, e guerras, conflitos, os filhos estão perdendo a vossa
compreensão. Não o vosso tempo, porque o tempo é contínuo. O tempo, nessa
faixa, se faz necessário. E muitos ainda mencionam que o tempo é encarregado
pela transformação dos filhos. Eu
discordo disso. O tempo não é o encarregado, a consciência sim. O tempo é uma
pequena falácia que os filhos compreendem. É uma inverdade de uma certa incapacidade
ou capacidade de reparação. Os filhos não precisam do tempo. O vosso ego, sim.
A vossa consciência precisa libertar-se constantemente, por isso o esforço
constante. Enquanto o seu espírito quer crescer, evoluir, a sua alma prende, nessa
ilusão do tempo.
-É o embate.
-Isso. Aí, se
o filho perguntar para mim o que seria o despertar?
Seria eu anular aquele pequeno espaço temporal que me sufoca, que me
culpabiliza, que traz inverdades, para que eu possa adquirir uma zona
consciencial libertadora, que faz eu ser quem eu sou em espírito. Por isso que
quando o filho trouxe as questões dos livros, da inquietude, do não acreditar,
de todo esse movimento negativo ...O que meu filho tem que fazer? Que se
liberte disso! Porque isso é um aprisionamento. As verdades elas vêm para os
filhos como um mecanismo para o despertar. Não significa que isso seja o fator
realmente do desperto, porque é uma verdade que pode ser real ou não, vai
depender da faixa que os filhos se colocam. Porque se eu trouxer, falar para os
filhos que nessa faixa não existe nenhuma verdadeira verdade, a verdadeira
verdade ainda está circunscrita nas zonas mais sublimes? Mas que são necessários
os filhos acreditarem nela?!
- Não seria uma verdade, seria uma necessidade.
- Isso. Uma necessidade verdadeira de sobreviver perante toda a
contextualização histórica. E necessária. Nesse momento...
-Nesse momento ainda é necessário?
-Sim
- Sim, vários. Diversos. Para justamente decodificar aquela informação
de uma forma positiva ou negativa perante os vossos olhos, perante os vossos
sentidos.
-Muito bem. Vou ter que ler e processar isso com
calma. Ler várias vezes.
Até acho que essa percepção da parábola é até uma
variante porque o senhor fazendo essa interpretação esse desenho de como seria
a centelha divina, os muitos deuses a fonte regeneradora de nutrição, de todo
esse potencial energético que nos guia. Nas parábolas de Jesus ele até se
dimensiona. Ele fala, em termos assim, pelo menos na forma como foi passada até
nós, que a gente nunca vai saber como de fato foi dito. Você está falando de
pescadores, né? Imagina o grau de compreensão dos pescadores. Há dois mil anos
atrás.
-E dois mil anos atrás foi ontem, bem próximo. Eu ouvi o filho falar de
60 mil anos. Eu fui falar de 200 mil anos atrás. Mas os filhos não tinham
consciência. A questão é que os filhos estão vivendo uma pequena história da
vida.
-Eu acho que essa dificuldade de aceitar que isso aqui é apenas uma
pequena história. É difícil. Porque também, quando eu comecei esse caminho
espiritual, também foi dito que essa era a grande chance. Mas como há grande
chance como se fosse a última, isso não condiz com a realidade. É a mesma coisa
dizer para uma criança: se você não fizer isso, você não vai ter isso, mas é a
última chance que eu lhe dou. E realmente é a última chance que ela vai ter.
-Mas essa reencarnação, realmente ela é decisiva?
-Dentro desse contexto, por metade, sim. Para muitos sim.
-Por que é a última antes da
separação?
-Porque esse processo que o filho mencionou dos portais, o que é que
significa isso? E eu vejo, quando eu vou
para um canto ou outro, cada um tendo uma interpretação. Aí eu falo que são
vários, são vários fragmentos, conceitos e verdades, que trazem sentidos. O que
é interessante na terceira e quarta dimensão é que tudo o que os filhos
encontram como verdade, ela se torna verdade, ela é real. E muitas delas é
comprovada, e muitas não. Mas fica essa variável de verdades. Mas o que eu
quero trazer para os filhos é que por mais que elas sejam verdades, elas ainda
não são a verdade cósmica. E isso é difícil de internalizar. É apenas a verdade
dos filhos. E quando o filho traz, o que
seriam esses portais? Os portais são algo que acontece constantemente, se assim
posso dizer, diariamente. Então essa ideia de que os irmãos chegando, tendo um
propósito, na questão do herói, das conquistas, de destruir as trevas são, com
determinadas verdades, tem seus sinais, símbolos e significados, mas que,
dentro da sua completude, está limitada a essa faixa, a essa faixa temporal. E
cabe aos filhos saborearem, dentro das filosofias, dentro desse entendimento.
Porque é interessante, e eu percebo isso quando o filho lê algo, tem essa
inspiração filosófica, tem todo esse contexto, e os filhos conseguem realmente
ter esse estado reflexivo da vida. Isso é maravilhoso. Isso é a maior expressão
divina dentro do manifesto, dentro dessa condição.
- Então, o conselho é aproveitar a vida diária?
É vivenciar, buscando a vossa verdade. Mas sabendo que essa verdade é
transitória.
-Só cabe aqui.
-É muito limitada. E ela, por mais complexa que sejam os filhos, ela é
determinada nessa faixa. Atemporal. Que tudo que os filhos aprenderem aqui,
elas servirão como experiências, mas que muitas delas, quando os filhos
alcançarem o despertar, os filhos vão entender como um pequeno ensinamento
divino. E que irão se despir para que haja uma oportunidade de uma nova
aquisição consciencial. Até porque o linguajar ...
-Não vai mudar?
- Ele não existe nos planos sublimes. Não existe esse mecanismo arcaico,
esse processo linguístico das articulações, das modificações dos ares. Isso é
tudo de forma psíquica, da psicofonia que eu menciono tanto. É preciso que os
filhos possam compreender que para que os filhos despertem no mundo espiritual,
é preciso apenas sentir. Sentir em assuntos. Não precisa de gesticulação. Apenas
sentir. O sentir é o único caminho para o despertar. O sentir do amar, o sentir
do aceitar, o sentir do compreender a si e ao outro.
O sentido de se responsabilizar por todas as amarras e determinar que
elas não fazem mais parte deste contexto de desordem da vida, e se permitir ser
acessados pelos irmãos maiores. É um trabalho que requer processos reflexivos
da vida. É preciso toda uma contextualização muito sublime, que está fora do
contexto religioso, que está para além dessa construção secular. É abraçar o
Deus divino, sem arquétipos. É compreender que ele é feito de luz e somente
luz. E essa referência que os filhos tanto buscam, ela precisa ser fragmentada.
É os filhos se lançarem no vazio, compreendendo que lá, todos serão abraçados
por essa fonte criadora. Enquanto isso, eu vou tomar o café.
Então, Graças a Deus
-. Eu estou satisfeito. Muito obrigado.
-Eu que agradeço.
-Eu gosto do filho, de todos os filhos. Como eu falei, sobre a questão
do merecimento. Nós assistimos todos os filhos que são merecedores. E todos são,
perante o Criador. Não existe essa questão que um vai evoluir e o outro não.
Esqueça. Isso é o estado egóico.
-Todos vão?
-Todos. E essa questão de demorar, é demorar para quem? Para você, que
está preso ao seu tempo? Por isso, tudo que os filhos vivenciaram, todos os
conflitos internos e externos que os filhos vivenciaram, só assistam, não deem
devolutiva. Abracem; é o degustar e compreender que aparentemente esse gosto
pode ser amargo, mas também pode ser doce. E olha que eu gosto mais do amargo
do que do doce!
-É apenas um exercício gustativo.
-Isso. Por isso essa ideia de que a salvação virá para os filhos. A
salvação já está para todos. Os filhos que não conseguem enxergar. O Cristo, o
Pai de todos nós, está para todos, já está em todos os corações, porque toda a
centelha divina é uma pequena particularidade. É o endereçamento da fonte
divina. E se aquele filho está nas sombras, dentro da vossa obscuridade, é
porque ele se permitiu estar a vivenciar. É uma pequena experiência e que não
será o tempo que irá enxugar as vossas lágrimas. Não será o tempo que será o
educador, será a vossa consciência. Por isso, quando o filho mencionar sobre
essa questão dos livros, não se sinta nessa frustração.
-Talvez eu nem mencione, não faz discutir, né?
-Porque é algo particular dos
filhos. É algo que instiga no filho. Porque para aquele que está a buscar o
estado do despertar, o filho entenderá que é um processo, que são pontos de
vista e que tem uma verdade para o filho. Mas que para o filho não é o estado
de neutralidade. Eu preciso deixar isso bem claro. O filho estará posicionado,
não de uma forma superior, mas dentro de uma capacidade, uma amplificação
consciencial, e compreender que é um processo, é apenas um processo, e que
passará. E eu vejo os filhos levantando a bandeira, confrontando com os irmãos,
empunhando a espada, querendo cortar as cabeças de todos os filhos, remontando
o fator histórico. É o mesmo contexto. É o que os filhos chamam de
desdobramento atemporal. É pegar essa linha e sobrepor. E aí os filhos começam
a viver as mesmas situações, só que em um contexto diferente, mas do mesmo
fator histórico. Por isso, é preciso se desvincular. E é nesse sentido de
embate, que os filhos encontrarão as perguntas necessárias, porque as respostas
todos os filhos já têm.
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