Terceira Margem do Rio
(Henrique Borralho e Patrícia Luzio)
Uma homenagem a Kátia
Combien
de temps?
Uma
semana, um mês, uma vida?
Quanto é
necessário
para se
revisitar o tempo?
Uma semana?
A
experiência da terceira margem do rio.
Encontro-desencontro
pois não
há ponte
o rio é
fundo
restando
galhos secos quebráveis
cansados
de servir de apoio.
Costuro
minha vida
esgarçada
por tantas mãos
conhecidas
e desconhecidas
lá das
outras margens
Agora
digo não
vou sem
mão mesmo
pois
restam meus pés
A
terceira margem
não é o
ontem
ferido e
dilacerado
nem mesmo
o ontem
eufórico
também
não é o presente
um quadro
branco a se constituir
Possivelmente
um amanhã
em que
nem a borda extrema longa
nem a
outra,
longa e
estreita:
a
terceira está a se constituir
Respiro
fundo
porque o
ar me escapa
sem minha
permissão
aliás,
falta ar!
2 Comentários:
Obrigada pela homenagem,pela poesia. Em outra margem estão observadores zelosos dispostos a oferecer mãos amigas.Bj
Kátia, a inspiração veio de ti, sem falar na tua mão amiga em um momento muito difícil. obrigado por tudo. obrigado por ser minha amiga, apesar de tudo.
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