Experiência necessariamente não é algo transmitido, isso
depende de como cada um a interpreta, ressignifica e tira lições. História é uma disciplina inglória:
contém parte de todo o conhecimento do passado, e,
ainda assim, não consegue explicar ou evitar nada, no máximo, fazer ilações e
conjecturas.
Não é de hoje que temos nos debruçado sobre o nosso passado,
extraído significados de outras experiências civilizacionais, construído
utopias e arquétipos acerca de um modelo de vida ideacional. Mesmo assim,
apesar do acúmulo de registros, dos papéis amontoados, documentos, museus, documentários,
filmes, romances, poemas, músicas, peças teatrais, cujos temas se debruçam
sobre a condição humana, e tantas reverberações sobre o mesmo tema a partir
destas linguagens, não chegamos a um denominador comum, apenas e tão somente
hipóteses.
Na verdade, virou até démodé discutir existencialismo, a
prevalência da pragmata e do individualismo exacerbado jogou para plenipotência
a condição de que ter e se dar bem são os únicos motes a serem perseguidos,
afinal, o que foge disso é mera especulação subjetiva, crivada por discursos
metafísicos, como a religião e a filosofia.
Há um tempo atrás, a NASA (agência espacial estadunidense) publicou uma foto que
deu o que falar. Na imagem aparece a sombra da sonda que se encontra naquele planeta e algo de
suspeito ao lado dela. A princípio, a silhueta deriva uma percepção de um ser
sem capacete tocando a sonda. O formato da cabeça é nítido, os braços também,
mas tudo inconcluso. Ufólogos ao redor do mundo se adiantaram e afirmaram se
tratar de um ser vivo, habitante de Marte, corroborando a tese de que existe
vida fora da terra. A agência tratou de contrapor os ufólogos e afirmar se
tratar de “excesso de imagens”, distorção de imagens. No mínimo, estranho.
Porque a NASA divulgou a foto. A NASA sabe que existe vida
fora da terra, possui vários registros e provas disso recolhidos ao longo do
século XX e começa a preparar a terra para revelações que ficarão mais nítidas
a partir de agora. Para evitar um grande cataclisma emocional, um pânico
global, começa a soltar aos poucos informações sobre aquilo que já sabem.
A declaração do ex-ministro da
Defesa do Canadá, Paul
Hellyer, 89 anos, de que existem
ET’s trabalhando para a maior nação do mundo,
não ganhou a repercussão que deveria na época. Na verdade, ganhou menos destaque
do que a bunda da atriz Paolla Oliveira na minissérie Felizes para sempre? uma semana após a aparição do
derrière da atriz continua ganhando destaque na mídia brasileira enquanto
assuntos que mereceriam maior relevância, não.
Os sinais de que não estamos sozinhos já estão entre nós
desde as primeiras civilizações, Egito, Grécia, Roma, Babilônia, Asteca, Maia,
Inca, África, e ainda assim, por conta do problema da falta de comprovação
lógica, continuamos olvidando de que a nossa forma de percepção do universo é
limitada, condicionando o nosso olhar para
enxergarmos o que queremos ver.
Nem mesmo os indícios paradigmáticos de Ptolomeu, os
pré-socráticos, Galileu, Copérnico, Newton, Bolt, Heisenberg, Einstein e tantos
outros desafiadores do nosso conhecimento, parece
ter amolecido os corações de cientistas, políticos, enfim, a no mínimo se
questionarem de que podemos estar errados sobre quase tudo, de que os nossos
cálculos matemáticos, químicos, físicos, a nossa razoabilidade filosófica,
histórica, sociológica, antropológica, estão assentadas em paradigmas de
pensamento que foram importantes durante muito tempo, mas que hoje precisam no
mínimo serem colocados em xeque, como de fato estão, não pelas instituições
guardiães do saber, como as Universidades, Institutos de pesquisa, agencias de
financiamentos, agências espaciais, Ministérios de governos, imprensa, a
educação como um todo.
Já passamos pela ideia de que certas civilizações eram o
centro do Universo; Babilônia, Egito, Grécia, Inca; já passamos pela propagação
de uma única verdade religiosa, como o cristianismo medieval e toda derivação
disso; já sentimos o gosto da moderniste,
modernidade, prometendo esplendor e redenção pelas vias do racionalismo
iluminista ocidental; vivenciamos a crise pós-moderna, fruto do vazio das
metanarrativas, de projetos políticos que se furtam à devastação do capital
econômico; está na hora de experimentarmos a
dúvida quanto aos nossos pressupostos lógicos, modificarmos nossos currículos
escolares e tentarmos um pensamento holístico, integrado, menos pragmático e
mais sensível, de vivenciarmos uma vida não em decorrência do estado, sobretudo
com tais bases da política mergulhada na antiética e nos resultados como se a
vida fosse a comutação demanda-resposta.
Sinais como a foto da NASA indica que em breve seremos
impactados com um conjunto de informações que modificará radicalmente nossa
percepção sobre o mundo. Esperemos que não ocorra depois de destruirmos os
recursos naturais da terra com essa lógica irracional de nos relacionarmos com
o planeta.
Seres extraterrenos estão entre nós há milênios nos alertando
sobre esse perigo, respeitando nossa evolução, nosso livre-arbítrio, tendo
paciência ante nossa caoticidade. Só não vê quem não quer.
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