Ele chorou
Foi ali
Na minha frente
Que vi diante dos meus olhos
O homem que tanto admiro chorar.
Chorar pela imensurabilidade da palavra,
Pela impossibilidade de dizer algo sobre a linguagem
Quanto esta, não podendo alcançar a não-palavra,
Já não há algo o que dizer.
Chorou por que se sentiu incapaz de, em tendo algo a dizer,
sabe que o fim
Da palavra é não dizer nada.
Quando enfim, não for mais preciso e não tendo mais nada a
dizer
Ainda assim vai restar não a linguagem, mas a mensagem.
E o que fazer de nós que somos pura linguagem? Presos à
ideia de fazer sermos entendidos
E entender o mundo através dela?
Talvez um dia os poetas entendam que a poesia existe porque
nada mais consegue falar do vazio do que ela.
Quando não mais houver vazio até a poesia desaparecerá.
Continue fazendo arte para alcançar outros tantos silêncios e vazios. Namastê.
ResponderExcluirobrigado por suas palavras. Namastê. Vou tentar continuar dizendo algo que não entendo, mas que sinto vontade de falar
ResponderExcluirPor nada. Faça da incompletude uma arte passível de identificação. É um dom.
ExcluirBelo!
ResponderExcluirobrigado. Ana Luiza
ExcluirBelo!
ResponderExcluirEra alguém próximo?
ResponderExcluirEra alguém próximo?
ResponderExcluirAna Luiza, É sim. é alguém próximo de quem gosto muito
ExcluirContinue escrevendo, por favor, na medida da sua impossibilidade de não dizer.
ResponderExcluirOi Fabío, agora, por incrivel que pareça, não consigo dizer nada... talvez esteja esperando as palavras me encontrarem de novo. Abraços e obrigado querido.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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