O fim de um
ciclo, de uma dor,
da espera de
uma experiência,
foi-se o
tempo da dor,
foi-se
embora um horizonte plúmbeo
com o peso
dos corpos sobrepostos,
foi-se
também a ingenuidade, uma flor,
levada pela
levedura de uma bebida amarga que não se quer tomar,
que ao
adentrar na boca é tão ensope como o fel
mas ao
adentrar nas entranhas se converte em mel; doce, cristalino,
como se o
estômago passasse a ter glândulas salivares e sorve-se o que era bom.
Na boca um
gosto amargo de tragar, mas que com o tempo vai se transformando em água para
passarinho beber, onde os beija-flores bicam matando sua sede.
Aqui,
sepulta-se um passado de uma vez.
Um ciclo de
uma vida se encerra. Nunca mais aquela dor. Nunca mais o desejo de vingança.
Eu perdi com
aquelas armas, mas ganhei em deixar aqui essa batalha sem sentido, essa guerra
estúpida. Ao baixar as armas eu venço, não por ser fraco, mas por não jogar
mais esse jogo. Lutar é perpetuar a
memória.
Não vou mais
lamentar. Eu venci. Eu venci... Adeus
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