O olhar. Um olhar. Olhares....
Goya, pintor espanhol dos
séculos XVIII e XIX conseguiu enxergar nuances de uma tela ainda não executada
que até os dias de hoje causam impressão súbita de espasmo. A variedade sobre a
vida repousa nas diferenças, isto porque cada um impinge com suas retinas os
matizes de um mundo ou multicolorido ou furta-cor.
Ao abrirmos os jornais hoje damos conta de
um mundo em caos, e está mesmo, a questão é: porque e por quanto tempo? Além
disso, pairam outras questões como se o caos fosse o horizonte a ser visto, o
que ele esconde ou que subjaz em suas entranhas. O caos possui razão em si mesmo
ou ele é o agente de transformação? É possível o nascimento de algo novo seu o
componente de mutação? O caos não se trata de um aspecto da dualidade, afinal, no seio de um processo não existe outro em seu bojo?
O que os jornais, mídia coorporativa de
modo geral relatam soam como catastróficos em pleno século XXI: o ressurgimento
de movimentos fascistas; o recrudescimento das democracias alhures; o aumento da
concentração de renda planetária; a péssima distribuição de renda; o aumento da
pobreza; a explosão da violência; aumento da poluição e devastação das
florestas, serrados; a extinção de animais; a truculência de aparelhos
repressores do estado; a inserção de golpes em democracias neófitas; ameaça de
terceira guerra mundial; a explosão de ódio e raiva revertido em ações como a
assunção da extrema direita; atentados terroristas; o controle da indústria farmo-quimica
sobre a promoção e divulgação de resultados no combate às doenças; guerras localizadas
gerando deslocamentos populacionais gigantescos com problemas como o da imigração,
refugiados, dentre tantas outras coisas que a princípio, a primeira reação é de
desânimo, de constatação de que a humanidade enquanto experiencia
civilizacional fracassou. Correto? Errado.
Esses elementos, embora não sejam novos,
são decorrentes de um longo processo de embates que a terra passa há milhares
de anos, mas que recentemente se acirram pela luta em prol da libertação
do planeta, cujas extensões estão cada vez mais evidentes. O que estes fatores
acima indicam não é o fracasso da humanidade, e sim, uma disputa ferrenha entre
grupos que sempre a controlaram, na verdade, nem sempre, e um número crescente de
pessoas que passam a tomar conhecimento do que se esconde por detrás das
lógicas de dominação e manipulação da informação. Além disso, a disputa entre "bem" e "mal" é maniqueísta, simplista, afinal, o processo dialético da superação envolve a simbiose entre as luzes e a suposta "trevas". Trevas não passam de ignorância, ou seja, desconhecimento. Só existe Luz.
A mesma mídia que tem pressa em noticiar e
alardear grandes catástrofes, crises, tensões e disputas sociais é pífia, risível
quando se trata de divulgar ações como: a plantação de 1 bilhão de árvores pelo
Paquistão em 2017, antecipando a meta em 04 meses; o fato de El Salvador ter
proibido a extração de metais de seu solo;
Costa Rica recuperou sua floresta nativa; a mata Atlântica brasileira dando sinais
de recuperação; avanços no campo cientifico aliando pesquisas neurológicas e
espirituais, energéticas (imposição de mãos, aura, desdobramento astral, reiki); aumento do número de pessoas que se recusam a usar agrotóxicos; aumento do
veganismo; vegetarianismo; de comunidades que aboliram o uso de dinheiro; aumento
do voluntarismo; aumento da crítica ao consumismo; denúncia contra a manipulação
da indústria farmacêutica; a ampliação da informação e da divulgação de
informações importantes; aumento considerável de um contingente global contestando
a ordem vigente e despertando para processos existenciais para além do materialismo; o anúncio eminente de um reset financeiro global,
dentre tantas outras coisas. Como se vê: tudo é uma questão de perspectiva e de
escala, de onde pretende-se olhar, o que consideramos importante e o direcionamento
de determinadas informações.
É claro que o aumento do caos é real, no
entanto, a forma como se aborda tal questão, o que se esconde e, sobretudo, os
processos de mudanças oriundos do caos não são objetos de interesses dos
controladores da informação. Mais uma vez, tudo é uma questão de perspectiva e
de escala.
Uma das questões que não são anunciadas
são as transformações astronômicas porque passa a terra, tais como: as
atividades solares, a mudança de rotação do eixo terrestre, a entrada do planeta
no centurião de fótons de Alcione, a aproximação com a andrômeda, a chegada do planeta Hercólubus e como essas questões afetam profundamente o
estado de consciência coletiva global. Sim, pois que até mesmo a relação entre
o cosmos e o estado de equilíbrio humano nos foi suprimido e até mesmo negado,
legando-se à noção de cissiparidade, divisão, desarticulação entre tudo, como
se nada tivesse interligação, como se não existisse o UM.
Como muitas dessas questões nos foram
obliteradas, negadas, suprimidas por sistemas religiosos castradores, por uma cultura
competitiva e predatória, por uma educação limitante, por um sistema econômico que nos transformou em
coisas, objetos de sua sanha acumuladora, a existência terrana se tornou por deveras
difícil, quase insuportável. Digo quase porque se fosse insuportável a lógica
da vida e, por conseguinte do amor não fariam o menor sentido, além de colocar
em suspeição o plano divino da aprendizagem, da capacidade que nós temos de
escolher as circunstâncias, lugares, pessoas e situações para o aquinhoamento da
compreensão sobre a existência, daquilo que precisamos para o nosso aperfeiçoamento,
melhoria, avanço, sabedoria e ajuda mútua. Mais uma vez o que está em questão é
a perspectiva, a escala e a forma como escolhemos o que é viver para cada um a
partir do princípio do livre-arbítrio.
Para os que acreditam que a vida não se
encerra no plano da matéria, que existe vida pós-morte, que o cosmos possui um
sentido, que o amor é a força mais esplêndida que existe e que por ele tudo foi
feito e retorna, fazendo da terra um lugar de aprendizagem, embora um dos mais difíceis
de todo o cosmo, enxergar a existência terrestre, até então imersa na densidade
da tridimensionalidade como uma experiência insuportável, ou quase, é também
uma questão de escala.
Por tridimensionalidade ou 3ª dimensão
entende-se o jogo da divisão, da separação de tudo como se nada fizesse
sentido, um lugar e ao mesmo tempo uma condição em que fonte e criatura seriam
unidades distintas e não interligadas, bem como tudo o que existe, a percepção
de que não somos merecedores de nada, não somos bons, somos maus, vis, a vida
se encerra no plano material, as únicas coisas que fazem sentido são aquelas
que podem ser provadas pelos cinco sentidos, só existe vida inteligente na terra,
o presente repete o passado, não há nada de novo, tudo já está estabelecido, a
ética é uma dimensão distinta da compaixão, do amor, da justiça, a vida foi benéfica
e voluntariosa para uns, injusta para outros; enfim, um complexo relacional que
nos trouxe até aqui, quer dizer, exatamente onde nos encontramos: a sensação de
que a experiência humana fracassou.
Há além disso a sensação de que todo esse
fardo foi é pesado demais para ser suportado, qual seja: o de viver na terra.
Outro equívoco. Milhares de seres de várias orbes, lugares do cosmo gostariam
de experienciar a existência terrana exatamente por saberem do seu grau de dificuldade,
bem como dos benefícios que tais dificuldades lhes proporcionariam, a saber, um
acúmulo existencial sem precedentes exatamente pelo véu da separação, a ilusão
de maya, a densidade da matéria, a benção do esquecimento, o invólucro da
matrix, que no plano da consciência e dos cinco sentidos nos impede de
enxergarmos quem realmente somos: divinos, perfeitos, como aliás, tudo o que o
criador fez e faz.
É exatamente pela existência deste véu que
somos levados pelo ego a cognominar o criador e o plano de divino de injustos,
afinal, qual é o sentido em viver num mundo caótico como esse? Qual é o sentido
da vida? O esquecimento retroalimentado pelo ego chora a vida inteira pela dor
do parto, pela perda da proteção e segurança do útero materno. Somos sabotados
por nós mesmos e levados a desconsiderar a profunda existência encoberta pela
consciência e pelo uso fragmentado entre mente e coração, guiando-nos inclusive
a recalcitrar à justiça do universo, afinal, a vida na terra sempre foi penosa.
Outro equívoco.
A vida na terra só adentrou na
tridimensionalidade há 26.000 anos atrás após as quedas de Atlântida e Lemúria.
Antes disso, vivíamos na 5ª dimensão, logo, em circunstâncias muito melhores
que as de hoje. Sendo assim, o período de existência na tridimensionalidade,
colocado em uma escala comparada com bilhões de anos, muitos inclusive antes mesmo
da existência física da terra, se torna algo não irrelevante e muito menos trivial,
muito pelo contrário, foram difíceis e quase insuportáveis, mas não fazem do cosmo uma consciência injusta. Quer dizer, além de termos
escolhido vivermos na tridimensionalidade para o nosso aperfeiçoamento, o período
vivido como dévicos, anjos, seres celestiais é muito superior se comparado ao
do afastamento na densidade da ilusão da separação. Aliás, o criador só
consentiu que vivêssemos na tridimensionalidade, primeiro pelo nosso próprio livre-arbítrio,
segundo, por saber que o acúmulo vivencial de bilhões de anos como dévicos era
suficiente enquanto suporte para a experiencia densa, trágica, pesada, penosa e
custosa do caos. Numa escala proporcional se compararmos bilhões de anos na 5ª
dimensão e alhures com 26.000 anos de tridimensionalidade, veremos que o
instante errático da terra em sua imersão da noite escura, apesar de dolorosa,
é apenas um ponto na imersão do cosmos infinito. E tal experiência na tridimensionalidade
está definitivamente se encerrando. A terra está nesse exato momento no
corredor do parto, pronta para renascer na sua condição de origem, abandonando um
período de 26.000 anos de trevas.
Quando chegarmos a essa condição vamos nos lembrar dos tempos difíceis como aprendizagem, oportunidade e gratidão. Mas tudo é uma questão de escala e perspectiva.
Quando chegarmos a essa condição vamos nos lembrar dos tempos difíceis como aprendizagem, oportunidade e gratidão. Mas tudo é uma questão de escala e perspectiva.
Não é a melhor das referências, mas lembrei do diálogo entre dois personagens de uma série que acompanho. É algo como:
ResponderExcluir_"(...) Uma história que concordamos em contar repetidas vezes,até esquecermos que é uma mentira"
_Mas o que nos resta quando abandonamos a mentira?Caos.Um precipício esperando para engolir todos nós.
_Caos não é um precipício.Caos é uma escada"
_
o caos antecede uma nova ordem
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