Um corpo
franzino, esguio e esquálido,
frágil,
contorcente, pálido e quebrável,
da força
da desmesura de não ser o que é,
brota um
desejo reprimido de não ser o que pensam,
quanta
dor escondida no peito, peito que não aparece,
o corpo é
de menino, mas na verdade é de mulher
de mulher
não, de menina,
que joga
bola, seu peso é de pluma,
suas
canelas são compridas,
sua força
é natural, sua dor é humana!
Quanta
incompreensão, quanto fingimento, quanta vergonha,
por baixo
desse corpo andrógino existe uma alma, alma que chora
sente,
pensa e estremece,
como
qualquer outra pessoa cujos membros estão sobressaltados,
mas que
nela a pele que esconde sua identidade é proporcional à vontade de ser vista
como de
fato é,
é só uma
menina, é só uma criança, mas já carrega a dor do mundo,
a dor de
não ser vista como de fato é,
sua força
é proporcional a sua docilidade,
sua
ternura é mais forte do que qualquer força bruta.
Muito interessante...
ResponderExcluirobrigado flávia. depois te conto de onde tirei isso.
Excluirbeijos
:) Lhe cobrarei...
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