São duas
bailarinas rodopiando no ar,
duas
pombas-rolas girando sem parar,
seus pés
são frágeis,
não suportam
o peso dos pliers
Seus
braços desenham movimentos graciosos
imitando
o voar de uma borboleta,
são
traços indefinidos,
são
grafias pueris
Seus
passos são trôpegos,
sem
coordenação,
sincronização,
não tem não!
não
importa!
Quando
dançam
os olhos
brilham como se estivessem num palco
de um
teatro municipal,
embora o
único espectador seja seleto, cativo e fiel
Seus
corpos são leves,
plumas,
jeitos de
mulheres
dorsos de
meninas,
que mesmo
sem falar direito,
ainda
brincando de boneca,
encenam o
gracejo da vida na dança
porque
para dançar,
não é
preciso ser gente grande
basta ter
música, inspiração
e um
espectador
cativo,
seleto e fiel
assistindo,
como se as duas bailarinas
fossem as
únicas a dançarem neste mundo.
Adoro esse poema... Já li quatro vezes, e em todas me vem a impressão de que sua inspiração fora suas filhas, aquelas duas lindas bailarininhas... Estou certa Henrique?
ResponderExcluirflavia, sao minhas filhas sim
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